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Rádio: Um elemento radioativo

O metal Rádio (Ra) foi descoberto em 1898 pelo casal de cientista Pierre e Marie Curie a partir de um estudo sobre o mineral de urânio Pechblenda. Observaram que o pechblenda (óxido de urânio) era muito mais radioativo que o próprio urânio isolado. Começou a separação dos componentes do óxido de urânio para descobrir qual o elemento que estava contribuindo com a radiação.

Em uma das frações analisadas, foi descoberto um novo elemento ainda mais radioativo do que qualquer outro, nomeado de rádio. Esse nome vem do latim radius que significa raio, por apresentar-se ainda mais radioativo do que os outros elementos.

Muito escasso na natureza, o metal de simbologia Ra classificado como um metal alcalino terroso apresenta número atômico igual a 88 e massa atômica 226,05 fundindo-se a uma temperatura de 700°C.

Depois de 1620 anos, vida média do elemento rádio, o metal se desintegra produzindo um vapor de hélio e radônio, também radioativo.

O Ra-226 é o isótopo mais estável dos 25 conhecidos do elemento. Em contato com a água reage produzindo o Ra(OH)2.

As radiações emitidas pelo rádio, alfa, beta e gama, são compostas de um alto poder bactericida, e sua ação no organismo humano provoca a destruição dos tecidos e bloqueia o processo de mitose.

Radioatividade

Radioatividade é a capacidade que alguns elementos instáveis têm de emanar energia na forma de partícula ou radiação eletromagnética.

Após a descoberta da radiação no século XIX, a ciência evoluiu e começou a produzir radioatividade em laboratório. Dois tipos de radiações foram produzidas, a radiação natural e a radiação artificial.

A radiação natural é aquela se manifesta nos elementos radioativos e nos seus isótopos naturalmente. Já a radiação artificial ou induzida é aquela realizada por transformações nucleares artificiais.

O rádio é um milhão de vezes mais radioativo do que o urânio e perde em torno de 1% da sua atividade em 25 anos, transformando-se em elementos de massa atômica mais baixa como, por exemplo, o chumbo.

Os efeitos da radiação podem ser de curto ou longo prazo e até transmitidos aos sucessores da pessoa infectada. Alteração genética, perda das propriedades dos músculos e dano causado nos átomos presentes nas células são alguns dos problemas de saúde provocados pelo contato com a radiação.

Aplicações

Na primeira metade do século XIX, o rádio era usado na indústria produzindo tintas luminosas utilizadas em mostradores de relógio e instrumentos de medida.

Outra utilidade do elemento rádio é o uso no tratamento de câncer através da radioterapia devido à emissão de raios gama.

O uso na indústria foi interrompido no século XX devido à morte de dezenas de pessoas que tiveram contato com objetivos que usavam o elemento rádio na composição. Mais tarde, os efeitos colaterais da radioatividade foram popularizados.

Radioterapia

A radioterapia é um tipo de tratamento usado para destruir células cancerígenas aplicando feixes de radiação ionizantes. Uma dose pré-estabelecida é aplicada no volume de tecido que envolve o tumor, buscando eliminar todas as células tumorais sem prejudicar as células normais ao redor que participarão da regeneração da área afetada.

A sensibilidade do tumor, sua localização, a quantidade de radiação e o tempo que ela é aplicada, interferem diretamente na resposta dos tecidos a radiação.

Para que o tratamento atinja o maior número de células debilitadas e a capacidade dos tecidos normais seja poupada, a dose de radiação a ser aplicada deve ser dividida igualmente em doses diárias.

Existem cinco tipos de radioterapia que podem ser usados no tratamento do câncer:

– Radical: busca a cura total do tumor.

– Remissiva: o objetivo é apenas reduzir o tumor.

– Profilática: quando o tratamento é feito para prevenir a ocorrência de um tumor.

– Paliativa: quando busca a diminuição dos sintomas.

– Ablativa: quando a radiação é usada para substituir a função de um órgão.

A radioterapia utiliza diversas fontes de energia, como por exemplo, aparelhos que utilizam energia elétrica para gerar radiação liberando raios X e elétrons, ou isótopos radioativos como o cobalto que libera raios gama.

Os sais de rádio são usados na forma de agulhas, fios, tubos ou placas gerando radiação gama de diferentes energias de acordo com o elemento radioativo utilizado.

Por apresentar uma quantidade de radiação bem controlada e fracionada, os efeitos colaterais são toleráveis. Quando manifestados são classificados de duas formas, imediatos e tardios.

Os efeitos imediatos são apresentados nos tecidos que tem facilidade em se multiplicar, como a epiderme e a medula óssea. Isso ocorre apenas se esses tecidos estão no campo de radiação e podem se desenvolver.

Os efeitos tardios são raros e ocorrem apenas se a dose suportada pelos tecidos normais é ultrapassada. Esses efeitos são observados através de atrofias.

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