Glioblastoma multiforme

Biologia,

Glioblastoma multiforme

Considerado um tipo de tumor no cérebro, atinge células que são responsáveis por importantes funções, como por exemplo, a oxigenação e nutrição dos neurônios.

Pode-se dizer que o giblastoma multiforme é de veras agressivo, classificando-se como um câncer de grau IV, além de ter uma rápida evolução. Acredita-se que pacientes que apresentam esse tipo de tumor cerebral tenham uma expectativa de vida que gira em torno de 14 meses.

O giblastoma multiforme é composto de células da glia, as quais são responsáveis por mais de 50% de todos os tumores cerebrais parenquimatosos conhecidos. Em geral, atinge adultos na faixa dos 35 aos 70 anos de idade, mas, não costuma ser hereditário.

Glioblastoma

Na retaguarda dos “gliomas do tronco cerebral” este tumor é o que apresenta o pior prognóstico entre os diversos tipos de cânceres do sistema nervoso central. A seguir falaremos detalhadamente sobre as principais causas, sintomas e tratamentos.

Causas e sintomas

Apesar das muitas pesquisas já realizadas, as causas desta patologia ainda não foram 100% esclarecidas, contudo, acredita-se que o consumo excessivo de álcool, além de alguns vírus e permanência em zonas de radiação nuclear podem ser considerados fatores de risco para o surgimento deste tipo de câncer.

Sobre os sintomas, pode-se dizer que isso depende da região do cérebro onde o tumor se desenvolve. De qualquer maneira sintomas como náuseas, convulsões, vômitos e fortes dores de cabeça podem ser notados. Contudo, acredita-se que déficit de memória, transtorno de personalidade, ou mesmo déficits neurológicos são os únicos sintomas que realmente prevalecem, e por isso, podem ser considerados sinais reais da doença.

Cabe dizer ainda que o gioblastoma multiforme, em geral, não apresenta sintomas durante o processo de desenvolvimento, mas sim, quando atinge um tamanho considerado “grande”, a partir desta fase os sintomas são sentidos de maneira rápida.

Diagnóstico

O gioblastoma multiforme é diagnosticado por meio de ressonância magnética, mas, só poderá ser confirmado através de uma biópsia estereotástica, ou mesmo, resseção do tumor e análise patológica em um processo denominado craniotomia.

Em uma linguagem um pouco mais técnica pode-se dizer que quando observado em uma ressonância magnética este tumor cerebral deve aparecer em forma de lesões com realce em anel, mas é claro, nem sempre esta aparência será a específica, afinal lesões como abscessos, metástases e esclerose múltipla podem apresentar aparência similar.

Tratamento

Apesar dos grandes avanços da medicina, até hoje não foi encontrada uma cura para o gioblastoma multiforme. Então, você deve estar se perguntado: “mas para que um tratamento então?”.

O tratamento deste tumor cerebral auxilia o paciente a ter uma melhor qualidade de vida, desta forma os acometidos por esta patologia têm sobrevida maior. Há dados que comprovam que pacientes diagnosticados com gioblastoma multiforme que não realizam nenhum tipo de tratamento apresentam uma expectativa de três meses de vida, já aqueles que realizam algum tipo de tratamento chegam a sobreviver por um ano.

Vamos então falar de algumas técnicas:

Existem muitas substâncias que “inibem”, ou, evitam o crescimento do tumor, além disso, há métodos considerados alternativos. Na maioria dos casos tais ações são realizadas após o procedimento cirúrgico, este é considerado o “protocolo padrão” de tratamento.

Falando sobre tratamentos alternativos pode-se citar a tentativa de inibição da angiogênese – criação de vasos sanguíneos. Há medicamentos que inibem enzimas, como a “COX-2”, e também, há algumas substâncias que são administradas como características citotóxicas ao tumor.

Pode-se citar o “TEMODAL” como um dos quimioterápicos mais utilizados para este fim. Basicamente, sua ação irá intoxicar o organismo e neste processo inclui as células tumorais, os pontos negativos deste medicamento são o elevado custo e, além disso, a eficácia do “TEMODAL” é considerada limitada.

Além do “TEMODAL”, logo após a cirurgia são indicados aos pacientes radioterapia, e, ou, quimioterapia. Mas é válido lembrar que este tipo de tratamento não deve ser utilizado como alternativa inicial para o tratamento.

Prognóstico

Cabe lembrar que o prognóstico desta doença não é dos melhores, afinal, poucos pacientes conseguiram sobreviver por muito tempo após a descoberta da doença, mesmo com a realização de um tratamento adequado.

Existe um caso isolado em que o paciente superou as expectativas: David Servan-Schreiber, neuropsiquiatria francês que foi diagnosticado com a doença no início dos anos 1990. David teria sobrevivido até 2010, ano em que teve uma recaída e não conseguiu se recuperar.

No Brasil há casos de pacientes que chegaram a ter um tempo de sobrevida entre um e dois anos após descobrirem a patologia e iniciarem tratamento. É válido ressaltar que o tempo de sobrevida de um paciente depende de diversos fatores, entre os quais: idade, histórico clínico e até o surgimento de outras patologias.

Como já mencionado no início deste tópico nenhuma cura ainda foi descoberta, contudo, o tratamento é de máxima importância, afinal além de melhorar a qualidade de vida pode acrescentar mais tempo ao paciente.