Inflamação

Biologia,

Inflamação

O processo inflamatório ou inflamação é uma reposta do corpo a uma lesão ou infecção dos tecidos.

Em uma inflamação o local afetado fica quente e avermelhado. Isso acontece por causa do aumento do curso sanguíneo e dos demais líquidos do corpo que são enviados para a região. No local inflamado também acontece a concentração de células oriundas do sistema imunológico como macrófagos, leucócitos e linfócitos, com dor no local intercedida por determinadas substancias químicas geradas pelo próprio organismo.

Na inflamação, os leucócitos acabam com o tecido lesionado e mandam indícios aos macrófagos, que consomem e digerem o tecido morto e os antígenos. Em certas doenças esse procedimento pode possuir cunho destrutivo.

Inflamação

O processo inflamatório também pode ser considerado uma parcela do sistema imunitário, o denominado sistema imune inato, assim nomeado devido a sua habilidade para identificar um retorno não-específico contra princípios de agressão antecipadamente e geneticamente determinado pelo organismo acometido.

Esse conceito se opõe ao de imunidade adquirida, ou aquela em que o sistema imune reconhece agentes invasores específicos de acordo com a sua potencialidade antigênica. Nessa última hipótese, o organismo necessita entrar em contato com o invasor, reconhecê-lo como anormal e potencialmente prejudicial e só ai gerar uma resposta.

Mecanismos de instalação

Com o ataque tecidual se seguem instantaneamente eventos vasculares intercedidos especialmente pela histamina. A consequência é um aumento instantâneo e localizado da irrigação sanguínea, que se expressa em um circulo avermelhado em volta da lesão. Posteriormente começa a fabricação local de reguladores inflamatórios que proporcionam um crescimento da permeabilidade capilar e da quimiotaxia, procedimento químico onde células neutrófilas, polimorfonucleares e macrófagos são trazidos em direção ao centro da lesão.

Essas células, por sua vez, fazem a fagocitose dos componentes que estão no principio da inflamação e geram mais reguladores químicos, dentre eles estão as quimiocinas, citocinas, prostaglandinas, bradicina e leucotrienos. Além disso, o sistema de coagulação sanguínea e as plaquetas são estimulados pretendendo controlar prováveis sangramentos.

Elementos de adesão são apresentados na face exterior das células endoteliais que envolvem os vasos sanguíneos em seu interior. Esses elementos irão intermediar a aderência e a diapedese de monócitos ativos e demais células inflamatórias para a região do ferimento.

Em resumo, todos esses elementos funcionam juntos, induzindo aos acontecimentos vasculares e celulares da inflamação. Ocasiona em um crescimento do tipo de capilares encarregados pela irrigação sanguínea do local, gerando mais hiperemia e crescimento da temperatura da região. O inchaço ou edema acontece com o crescimento da permeabilidade vascular aos compostos do sangue, o que ocasionar ao derramamento do fluido intravascular para a área intersticial extra-celular.

A dor, um dos sintomas próprios da inflamação, é gerada primeiramente pela instigação das extremidades nervosas por certas substâncias soltas no decorrer do procedimento inflamatório, por hiperalgesia provocada pelas prostaglandinas e pela bradicinina, mas, além disso, em parte por pressão associada ao edema.

Tipos de inflamação

É possível categorizar a inflamação em dois modelos principais, de acordo com a sua velocidade de alojamento: crônica ou aguda.

Inflamação aguda é aquela que se aloja velozmente, como por exemplo, depois de um acidente no qual acontece dano no tecido de maneira súbita. Já a inflamação crônica se aloja de maneira lenta e ardilosa, como por exemplo, nas enfermidades reumatológicas bem como o lúpus eritematoso sistêmico e a artrite reumatoide.

Essa categorização não tem relação com a intensidade do procedimento, mas somente, a velocidade de alojamento. Dessa forma, pode haver procedimentos inflamatórios agudos de alto ou baixo grau de magnitude, o mesmo acontece com a inflamação crônica.

Fora isso, é permitido categorizar a inflamação de acordo com certas particularidades próprias, tal como:

1) Alérgica: provocada por procedimentos alérgicos, como o que acontece, por exemplo, na urticária e na asma.

2) Atrófica: aquela que progride para a disposição do exsudato inflamatório que ocasiona atrofia e cicatrização da área lesionada.

3) Catarral: procedimento que mais constante na mucosa do sistema respiratório, porém pode alcançar demais mucosas. É determinada, basicamente, por hiperemia dos vasos, secreção de muco com aspecto viscoso e inchaço tissular.

4) Crupal: inflamação fibrinosa com formação de fingidas membranas não diftéricas.

5) Eritematosa: inflamação da pele.

6) Estênica: maneira aguda com eventos circulatórios e calor violento.

7) Fibrinosa: maneira em que há uma grande quantia de fibrina que pode coagular.

8) Hiperplásica: formação de fibras do tecido conjuntivo.

9) Intersticial: modelo onde a reação inflamatória está localizada no estroma e no tecido conjuntivo que sustentam os órgãos.

10) Necrótica: procedimento intenso com formação de um centro de necrose.

11) Reumática: aparece como retorna a presença de enfermidades reumatológicas, isto é, atingindo principalmente as articulações.

12) Térmica: ocasionada pelo calor.

13) Tóxica: em razão de um elemento tóxico ou veneno.

14) Traumática: aparece como resultado de um traumatismo.