Resumo sobre Gondwana

Geografia,

Resumo sobre Gondwana

Quem conhece um pouco sobre geologia e geografia, sabe que o planeta Terra é formado por várias camadas internas. Primeiro vem a crosta terrestre. Depois o manto. Em seguida, vem o núcleo externa e depois o núcleo interno. Entre a crosta e o manto existe um conjunto de placas feitas de rochas, chamadas placas tectônicas. Estas placas estão sobre uma parte do manto que é mais viscosa e pastosa. Por conta disso, as placas se movimentam sobre este material pastoso num processo chamado tectônica das placas. É assim desde o início dos tempos e é o que originou a deriva continental, processo pelo qual os continentes se distanciam e se aproximam uns dos outros.

Toda esta explicação foi importante para entender que a disposição dos continentes nunca foi igual. Esta disposição atual, com as Américas unidas, mas separadas do conjunto Europa – Ásia – África, não está assim desde sempre. Todos os continentes estavam juntos uns dos outros num passado bem remoto (há cerca de 540 a 200 milhões de anos). O nome deste supercontinente antigo era Pangeia. Pangeia, por sua vez, foi dividido em dois: Laurásia e Gondwana.

Gondwana

Composição de Gondwana

Gondwana era a porção “sul” de Pangeia. Após a separação da parte norte (Laurásia) Gondwana passou a se separar cada vez mais, formando novas porções de terra. Gondwana era formado pelas porções de terra que hoje fazem parte da América do Sul, África, Austrália, Antártida e Índia.
Com o tempo e com o movimento contínuo das placas, Gondwana foi se separando entre si até chegar a composição que temos hoje, com a América do Sul separada da África; a Índia se juntou a Ásia e a Oceania se tornou um continente cheio de ilhas e com uma porção bem distinta que é a Austrália. Por fim, o continente Antártico se isolou no polo sul e lá ficou.

Cratera da Terra de Wilkes

A cratera da Terra de Wilkes é apenas uma suposição científica. Especialistas afirmam que, se ela for realmente confirmada, será a maior cratera de impacto da história da Terra. A história diz que há 250 milhões de anos um cometa com 45 quilômetros de extensão atingiu a Terra e deixou uma cratera com mais de 480 quilômetros de diâmetro.

A cratera da Terra de Wilkes está localizada na região oriental da Antártida, próxima a Austrália. Cientistas defensores da tese afirmam que o impacto foi o responsável pela separação do continente gelado do resto de Gondwana e também pela extinção de quase 90% das espécies que habitavam o planeta na época.

Comprovação da existência de Gondwana

Para chegar à conclusão de que os supercontinentes existiram, os cientistas precisam realizar experimentos e estudos relacionados à geologia, paleontologia, climatologia e geografia dos locais. A teoria da deriva continental só foi realmente apresentada em 1915 pelo alemão Alfred Wegener. Ele achava que não era coincidência o fato de que os contornos dos continentes sul-americano e africano possuíam um encaixe quase que perfeito. E por isso foi além: verificou que fósseis encontrados tanto na África, quanto na América do Sul eram similares. E aí começou um longo estudo para criar a teoria.

Infelizmente, a teoria não foi aceita de imediato. Apenas dez anos após a morte de Alfred Wegener, ela foi realmente aceita pela comunidade científica. Veja as explicações para a existência de Gondwana:

• Morfologia dos continentes: Alfred Wegener não achava apenas os contornos da África e da América do Sul complementares. Contornos de outros continentes também davam a entender que eles poderiam estar unidos no passado;

• Histórico de fósseis: constantemente eram encontrados fósseis de espécies semelhantes ou idênticas em regiões extremamente distantes entre si e até separadas por grandes oceanos. Isso indica que estes seres viviam em regiões com mesmas condições climáticas, vegetação, entre outras coisas;

• Formações rochosas e condições climáticas: formações encontradas apenas no polo sul existem em outros continentes, sugerindo que eles já tenham estado juntos no passado remoto;

• Idade das rochas: uma das maneiras mais usadas para se determinar a idade do planeta é a datação de rochas. Muitas rochas de locais diferentes são comparadas e chega-se a conclusão de que elas possuem a mesma idade e as mesmas características, o que reforça o fato de que as duas regiões estiveram no mesmo lugar no passado.

O futuro das placas tectônicas

O movimento das placas tectônicas continua. Especialistas fazem diversas previsões de como ficará o mundo daqui há alguns milhões de anos. A expectativa é de que a primeira mudança significativa ocorra em 150 milhões de anos e que, em 250 milhões de anos, a Terra esteja composta de um supercontinente unido novamente. O nome deste supercontinente é Neo Pangeia, ou Pangeia II.
Nossa geração certamente não passará por estas transformações, mas a Terra está em constante movimento e isso afeta nossas vidas todos os dias, mesmo que não percebamos.