Resumo Lasar Segall

Biografias,

Resumo Lasar Segall

Lasar Segall nasceu em Vilna na Lituânia e foi um escultor, pintor gravurista. Apesar de nascido em outro país, se naturalizou brasileiro. As influências mais fortes de Segall foram expressionismo, modernismo e impressionismo representando o sofrimento humano como perseguição e guerra. Foi em 1923 que ele se mudou para o Brasil em definitivo e nessa época já era bastante conhecido.

Resumo Lasar Segall

O pintor cursou Academia de Belas Artes em Berlim aos 15 anos e em 1910 foi para Dresden onde também frequentou a Academia de belas Artes. Suas primeiras gravuras são justamente dessa época. Em seguida ele se tornou parte do movimento expressionista alemão.

A primeira visita dele ao Brasil foi em 1912. No ano seguinte o artista fez uma exposição em São Paulo e outra em Campinas. Após um ano em nosso país, ele retornou para Dresden. Em 1914 participou com mais intensidade do movimento expressionista. Em 1918 casou com Margarete Quack. Em 1919 ele fundou um grupo de artistas chamado de Secessão de Dresden fazendo inúmeras exposições na Europa.

Retornou ao país em 1923 e se fixou na cidade de São Paulo. Aqui no Brasil ele também se dedicou às pinturas e artes decorativas. Criou os murais destinados ao Pavilhão de Arte Moderna. Nessa época ele já havia se separado da primeira esposa e casou com Jenny Klabin em 1925, filha de Maurício Freeman Klabin. Com ela teve os filhos Maurício Klabin e Oscar Klabin.

Nessa época Segall retratou o povo do nosso país e a terra dos brasileiros. Assim o pintor adéqua a sua palheta de cores aos tons tropicais do nosso país. Lasar retratava marginais e desfavorecidos socialmente em seus desenhos e gravuras, com deformações que davam a ideia de opressão dos personagens, passavam a ideia de solidão e sofrimento. Segall usava cores com expressões líricas e emoções humanas, jogando linha e vazio.

O artista também trabalhou com esculturas e as primeiras foram criadas a partir de 1930. Dois anos depois fez o cenário e decoração para inauguração da Sociedade Pró Arte Moderna. Participou, também, da sua fundação. Ele retoma o estilo expressionista ao fazer uma série de retratos da pintora Lucy Ferreira. Ele também produziu uma série de paisagens de Campos do Jordão nessa época.

Em 1943 é feita uma retrospectiva da sua arte no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Ele publicou um álbum de textos de Mário de Andrade, Jorge de Lima e Manuel Bandeira nesse mesmo ano.

Em 1951 Segall fez uma exposição no Museu de Arte de São Paulo. Em 1954 fez figurinos e cenários para o balé intitulado “O Mandarim Maravilhoso”. Já em 1955, Segall migra para o abstracionismo. Participou nessa época de diversas Bienais em São Paulo.

Os quadros de destaque de Segall são: Navios, Homem com Violino, Retrato de Mário Andrade, etc. Em 1957 o artista fez a Exposição Segall com diversas obras de arte, realizado no Museu de Arte Moderna. Lá expôs 61 quadros, 200 desenhos, aquarelas e gravuras e 22 esculturas.

Seus filhos, Maurício e Oscar, criaram o Museu Lasar Segall em 1967. Trata-se de uma entidade civil que não visa o lucro. Ele fica na antiga casa e ateliê do artista feito em 1932 por um de seus familiares. Em 1985 o Museu foi ligado à Fundação Nacional Pró-Memória e até 2009 integrou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No ano seguinte se tornou uma das partes museológicas do Instituto Brasileiro de Museus. Atualmente o acervo possui diversas atividades culturais com visitas monitoradas, cursos de fotografia, criação, cursos na área de gravura, projeção e cinema, criação literária, etc. É uma forma de preservar a memória do pintor, bem como conceder à sociedade atividades gratuitas para fomentar ações artísticas.

Características de Segall

Lasar trabalha com inúmeras técnicas de gravura ao longo da vida. Os primeiros trabalhos usam sombras e claro-escuro acentuado. Nas gravuras ele tinha estética impressionista, o que não acontece nas pinturas. No ano de 1918 o pintor faz cinco litografias inspiradas em um conto intitulado Die Sanfte (Uma Doce Criatura) de Dostoiévski. Possuem extrema concentração e simplificação das figuras com formas geométricas e traços econômicos. Já na série Mangue, feita no Brasil, ele trata da prostituição favorecendo climas de tensão e inserindo elementos como persianas em ambientes opressivos. A série intitulada Emigrantes é mais amena com espaços abertos e representação do mar e céu. A parte de humanização apresenta miséria, violência, injustiças sociais e caráter lírico. O pintor sempre abordou temas universais como emoções.

O ano de morte de Segall foi 1957, o mesmo em que o Museu Nacional preparou a retrospectiva das suas obras. Ele teve problemas cardíacos em sua casa e faleceu aos 66 anos.

É importante destacar a valor das obras de Segall e sua contribuição para cultura nacional fomentando diversas áreas, seja na pintura, escultura ou gravuras.