Resumo Monteiro Lobato

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Resumo Monteiro Lobato

José Bento Monteiro Lobato, ou Monteiro Lobato, como é mundialmente conhecido, foi um dos maiores escritores brasileiros, marcando a vida de milhares de crianças e jovens com suas histórias criativas e envolventes.

Resumo Monteiro Lobato

O escritor nasceu na cidade de Taubaté, no ano de 1882. Antes mesmo de se tornar escritor renomado, Monteiro Lobato se formou em advocacia, não por vontade própria, mas sim, por imposição do seu avô Visconde de Tremembé. No entanto, mesmo com o título de advogado em mãos, Monteiro Lobato sempre teve sua vida e sua vocação voltadas para o universo da arte, atuando também como pintor, fotógrafo, além de se dar muito bem, é claro, com o mundo das letras.

Após perceber que a sua vida pertencia ao universo das histórias, contos e livros, Monteiro Lobato começou então a escrever suas histórias, ficando reconhecido em todo o Brasil e também no mundo. O sucesso das histórias de Monteiro Lobato não se dá, apenas, por serem enredos voltados para o público infanto-juvenil, mas por todo o significado que carregavam consigo.

Pouca gente sabe, mas as histórias contadas por Monteiro Lobato iam muito além de histórias infantis. Todas as suas publicações tinham, de fato, o intuito de entreter as crianças e jovens, mas serviam também como uma ferramenta de luta, como forma de denunciar o atraso cultural e a miséria estabelecida no Brasil.

A partir dessa iniciativa, Monteiro Lobato foi também o pioneiro da indústria cultural no Brasil, se tornando editor da empresa “Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato” e, consequentemente, dominando todo o mercado livreiro da época. Mesmo depois de um tempo de sucesso, a editora ainda não contava com o apoio governamental e, assim, após passar por uma forte crise econômica, veio à falência.

Após verificar que a editora estava, de fato, falida, e que reerguê-la seria extremamente trabalhoso, Monteiro Lobato se mudou para o Rio de Janeiro, onde criou a maior de suas histórias: O Sítio Do Pica Pau Amarelo, pela qual foi consagrado e reconhecido como um dos melhores escritores brasileiros.

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O Sítio do Pica Pau Amarelo

A criação do Sítio do Pica Pau Amarelo foi, sem dúvidas, a melhor história criada por Monteiro Lobato. Isso porque, todo o enredo do Sítio, envolvendo histórias infantis combinadas com um rico folclore, permitiu que outros contos fossem surgindo com o passar do tempo, dando continuidade a todo esse cenário de magia e encantamento.

A primeira dessas histórias do universo do Sítio do Pica Pau Amarelo foi lançada em 1920, com o título de “A Narizinho Arrebitado”, a qual fazia referência a uma das personagens do Sítio. Logo depois que surgiu, a história da Narizinho começou a ser utilizada nas escolas, sendo propagada a um grande número de crianças, em pouco tempo.

As outras histórias que deram continuidade ao enredo do Sítio do Pica Pau Amarelo foram “As Reinações de Narizinho”, lançada em 1931; “Caçadas de Pedrinho”, escrita em 1933, e “O Pica Pau Amarelo”, lançada em 1939. O último lançamento da saga de Monteiro Lobato foi os “Trabalhos de Hércules”, fechando, ao todo, 39 histórias, que tempos depois, se tornaram em aproximadamente, um milhão de exemplares vendidos.

Devido a todo o sucesso dos contos escritos por Monteiro Lobato, suas obras foram traduzidas para outros diversos idiomas, como inglês, francês, alemão, italiano, espanhol, árabe e japonês.

Mesmo com tantos títulos, a carreira de Monteiro Lobato também contou com alguns contratempos. A polêmica mais recente envolvendo Monteiro Lobato é a acusação de preconceito racial, quando em sua obra chamada “O Presidente Negro”, escrita em 1926, o autor descreve um conflito racial que existiu após um negro ser eleito para presidente nos EUA. Outra acusação de preconceito racial é em torno da personagem do Sítio do Pica Pau Amarelo, a Tia Anastácia, que segundo alguns críticos, é comparada a uma macaca ao subir em uma árvore.

Outros conflitos surgiram logo depois que Monteiro Lobato retornou para o Brasil, após passar quatro anos nos Estados Unidos. Depois da sua permanência no país americano, Lobato percebeu, com clareza, o atraso do Brasil em relação aos EUA, e sentiu-se motivado a escrever outros dois livros: “Ferro”, escrito em 1931, e “O Escândalo do Petróleo”, escrito em 1936. Este último título ia contra as iniciativas do Governo Getúlio Vargas e, por isso, foi proibido e retirado das livrarias.

No ano de 1941, Monteiro Lobato foi preso no Presídio Tiradentes, acusado de contrariar os interesses multinacionais. Lobato ficou preso durante seis meses, e mesmo após ser solto, continuou sendo perseguido pela ditadura do Estado Novo.

Mesmo sofrendo todas as acusações e punições, Monteiro Lobato foi, até o fim de sua vida, um extremo ativista político, que ia contra todos os interesses das classes dominantes.

Dentre suas principais obras, estão: Urupês; Cidades mortas; Ideias de Jeca Tatu; Negrinha; O Gato Félix; Peter Pan; Dom Quixote das crianças, entre outros tantos.