Resumo sobre Graça Aranha

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Resumo sobre Graça Aranha

Filho de Maria da Glória da Graça e Temístocles da Silva Maciel Aranha, José Pereira Graça Aranha nasceu na cidade de São Luiz (MA) no dia 21 de junho de 1868. Ele foi um romancista e ensaísta brasileiro, formado pela Faculdade de Direito do Recife.

Resumo sobre Graça Aranha

Como foi discípulo de Tobias Barreto suas ideias o influenciaram e isso fica visível no trabalho de Aranha, ao escrever o prefácio do livro Concepção monística do universo de Fausto Cardoso. A família de Aranha era culturalmente rica o que também propiciou para o autor crescimento intelectual.

Ele foi Juiz de Direito no Rio de Janeiro. Na Europa, Graça Aranha foi Juiz de Direito no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, na cidade de Porto do Cachoeiro. Por lá ele absorveu os elementos necessários para a sua obra Canaã, exemplo de literatura simbolista brasileira e lançado em 1902. Na obra Canaã Milkau e Lentz apresentam duas visões opostas sobre a nova terra em que estão. Além disso, uma das características pré-modernistas é o regionalismo muito presente na obra.

Outra obra do autor, A Viagem Maravilhosa, Tereza se entre os sentidos para fugir de um casamento infeliz, buscando liberdade. Nessa situação conhece o amor com Felipe. Aranha buscava o ideal da filosofia monista de fusão de matéria e espírito em todo o infinito. Para ele isso só ocorreria por filosofia, religião, arte e amor.

Na Europa (em países como Inglaterra, Itália, Noruega, Dinamarca, Suíça, Holanda e França) ele também serviu como diplomata. Em 1911 fez a peça Malazarte, produzia em francês e português ao mesmo tempo buscando representar o Brasil seguindo modelos de Ibsen.

Em 1920 Aranha já estava no Brasil e aqui produziu a obra “A estética da vida” e, três anos depois, “A correspondência” de Joaquim Nabuco e Machado de Assis. Em fevereiro de 1922, Graça Aranha foi responsável pelo discurso inicial na conferência chamada “A emoção estética na arte moderna”, durante a primeira Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo.

Nessa época o país se agitou em relação aos círculos literários e Aranha foi um dos responsáveis pelo movimento renovador da literatura nacional. Isso acaba se tornando mais evidente na conferência.

Com a leitura de “O espírito moderno”, lido em 19 de junho de 1924, lida na Academia Brasileira de Letras. Aliás o autor foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e aderiu ao modernismo ao romper com os estigmas tradicionalistas. No discurso polêmico disse que se academia não melhorasse e se renovasse, seria melhor que a Academia morresse.

Influências

As influências de Graça Aranha são de diversas origens: elas provinham do campo filosófico misturado à esfera cultural. Afinal, a profissão de diplomata propiciou a experiência de percorrer inúmeros países da Europa. Dessa fora Aranha conheceu muito sobre arte e esteve em contato com as correntes pós-simbolistas que estavam nascendo na Europa. Logicamente que, ao voltar para o país de origem, trouxe consigo essa bagagem e procurou repercuti-la em suas obras e ações públicas.

Em 1924 Graça Aranha disse que se desligaria da Academia, pois essa não havia aceitado o seu projeto de renovação. Para ele a Academia não existia mais e achou incoerente permanecer ligado a ela.

Ele foi o único dos Fundadores da Academia Brasileira de Letras que entrou sem publicar qualquer livro, contrariando as informações do estatuto. Graça Aranha faleceu em 26 de janeiro de 1931 no Rio de Janeiro.

Obras:

  • Canaã (1902);
  • Malazarte (1911);
  • O manifesto dos mundos sociais (1935).
  • A estética da vida (1921);
  • Futurismo (manifesto de Marinetti e seus companheiros – 1926);
  • A Viagem Maravilhosa (1929);
  • Espírito moderno (1925);

Pré-Modernismo

Esse período ficou marcado por intensa movimentação literária bem como a transição do simbolismo para o modernismo. Ela iniciou na Semana de Arte Moderna, em 1922. Alguns estudiosos não consideram uma escola literária, pois possui diversas produções artísticas e literárias. Trata-se de um sincretismo estético com itens não-realistas, neoparnasianas e neossimbolistas.

Conheça algumas características:

  • Ruptura com o passado e com parnasianismo;
  • Ruptura com academicismo;
  • Exposição da realidade social;
  • Linguagem simples e coloquial;
  • Temas como fatos políticos, econômicos, sociais e históricos;
  • Nacionalismo e regionalismo;
  • Marginalidade dos personagens, como o caipira, sertanejo e mulato.

Outro autor que representa essa época é Euclides da Cunha, o qual foi poeta, jornalista, historiador, escritor, ensaísta, geógrafo, sociólogo e engenheiro brasileiro. Ele esteve na cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras de 1903 a 1906.

As principais publicações do autor são: “Os Sertões: Campanha de Canudos” de 1902. A obra tem viés regionalista e foi divido em três partes: O Homem, A Luta e A Terra. Ele retrata a vida do sertanejo e a Guerra de Canudos no interior da Bahia.

Monteiro Lobato e Lima Barreto também eram pré-modernistas. O primeiro publicou obras como Sítio do Pica-Pau Amarelo e Urupês. Já Barreto é autor da obra Triste Fim de Policarpo Quaresma.