Microscópio Simples e Composto

Biologia,

Microscópio Simples e Composto

O nome microscópio é atribuído à Jean Faber, um dos membros da famosa e antiga Academia dos Lincei. O termo, quando foi criado, servia unicamente para designar o microscópio de caráter composto, já que o microscópio simples era conhecido unicamente como lupa. Mas, a verdade é que na prática o seu conceito foi largamente estendido para ambas as ferramentas com caráter de ampliação, sejam simples ou compostas.

Um microscópio consiste em um instrumento com capacidade de permitir a observação de itens e de demais objetos que não conseguiríamos perceber à olho nu, ou seja, com a visão desarmada. Isso foi possibilitado por meio do desenvolvimento de um sistema óptico com lentes de cristal que, quando atravessadas com a própria imagem do objeto, acabam ampliando o mesmo para a nossa percepção.

A diferença entre os microscópios simples e compostos é dada por um simples fator: o número e a própria posição de cada uma das lentes.

 Microscópio

O microscópio simples

O microscópio simples, também conhecido popularmente como lupa (principalmente nos nossos escritórios), se trata de qualquer tipo de lente de caráter convergente que, quando utilizada, consegue reproduzir uma imagem direta e virtual, sendo ela maior do que o objeto em questão. As lupas são um pouco mais simples e se diferenciam, principalmente, na montagem.

O manejo também é bem intuitivo: basta orientar a lente do pequeno microscópio para o objeto que se deseja ver a imagem ampliada, de um modo em que a sua parte menos curvada fique voltada exatamente para ele. Essa ação deve ser realizada com uma distância que seja maior do que o objeto, para que ele possa se situar entre o vértice e o foco do microscópio. Quanto mais aproximado esse instrumento for do objeto, maior a imagem será projetada. Simples não é mesmo?

Na realidade, o seu único intuito é a ampliação de imagens para que possamos ver o objeto em questão com todos os seus mínimos detalhes. Os microscópios simples são formados unicamente com lentes convergentes e, por isso, a imagem criada será sempre virtual.

Além disso, há também a possibilidade de determinar qual será o aumento proporcionado pela lente por meio de uma expressão:
A = d.C, sendo ‘d’ a menor distância possibilitada pelo aparelho e C a própria convergência do microscópio simples. O ‘A’, no caso, seria o aumento em questão.

O microscópio composto

Enquanto isso, o microscópio composto ou chamado unicamente por microscópio é um verdadeiro sistema, já que conta com duas diferenciadas lentes convergentes. Uma delas é a mesma da lupa e, por isso, podemos dizer que esse equipamento consiste na junção de uma lupa com outra lente convergente.

Esse tipo de microscópio é o mais comum, sendo ele encontrado nos principais laboratórios de química, física, geologia, biomedicina e muitos outros que trabalham com a análise de objetos ou componentes que não podem ser observados à olho nu.

Uma das lentes é caracterizada como “ocular”, já que é muito similar com o nosso próprio olho, sendo esta a mesma utilizada no microscópio simples, com caráter de ampliação. Desse modo, essa é a lente que se responsabiliza pelo resultado final da projeção da imagem.

A lente ocular pode ser caracterizada como uma verdadeira lupa, já que as mais simples delas contam com um diafragma e duas pequenas lentes em seu interior.

Já a outra lente é a objetiva, que conta com uma pequena distância do foco e é extremamente convergente. Essa lente, por sua vez, é a que possibilita a produção de uma imagem real, onde fica voltada para o objeto e é invertida.

As lentes objetivas são formadas por várias pequenas lentes, motivo pelo qual é possível alcançar resoluções realmente altas com esse aparelho. Por isso, a qualidade final da imagem é atribuída diretamente a esse modelo de lente.

Os tipos de lentes objetivas

As lentes objetivas podem ser as mais variadas possíveis, por isso, confira quais são as principais:

• Objetiva acromática – esse tipo de lente é a mais simplificada possível. Elas não contam com muitas sofisticações.

• Objetiva Semi-apocromática – já esse modelo de lente também pode ser conhecido como “fluorita”, já que tem em sua composição esse material. Ele entra em sua composição e traz melhor correção para as possíveis aberrações, sendo ideal para os trabalhos que precisam desse tipo de trabalho.

• Objetiva Planapocromática – esse tipo de lente conta com a possibilidade de real imersão no objeto, já que possui abertura do diafragma de 1,4 e aumento de até 63x do objeto ou item em questão. Ela garante resultados bem eficazes, com resolução superior à de um microscópio óptico.

• Objetiva Apocromática – por fim, a apocromática é aquela que conta com uma correção mais ampla, já que abrange o espectro de forma geral.

Na composição desse microscópio composto, a lente ocular e a objetiva ficam uma contra a outra, em um tubo de comprimento L, sendo cada uma delas localizadas em um dos extremos. O tubo ganha o nome de ‘canhão’.