Síndrome da Rubéola Congênita

Biologia,

Síndrome da Rubéola Congênita

A rubéola é uma doença viral causada pelo torgavírus, um agente etiológico do gênero Rubivirus. Sendo uma doença infecciosa e contagiosa, é transmitida quando um indivíduo infectado entra em contato físico com outras pessoas.

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Em casos de mulheres grávidas infectadas com o vírus, o nível de infecção fetal é ainda maior, ocasionando a Síndrome da Rubéola Congênita e levando a outras complicações ainda mais sérias como aborto espontâneo, anomalias congênitas ou até mesmo a morte.

Durante a infecção na gravidez, o bebê pode apresentar algumas deformações no corpo envolvendo o coração, fígado, ossos, rosto, braços e outras partes que precisam ser submetidas a cirurgias. Em alguns casos, até a reabilitação dos movimentos também é indicada.

A transmissão, que ocorre por meio da placenta e também chamada de viremia materna, continua com o bebê já nascido. O vírus pode ser transmitido por meio de secreções respiratórias ou excreções, como a urina. A permanência do vírus vai diminuindo de acordo com os meses de vida do bebê. 80% dos recém-nascidos portam o vírus logo no primeiro mês de vida, chegando a ter 11% quanto tiverem um ano e 3% aos dois anos.

Outra ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita é quando as mães tomam a vacina contra a doença justamente na fase gestacional, ocasionando graves riscos ao bebê.

Sintomas

A doença não é tão complexa, porém algumas manifestações clínicas podem variar, pois algumas são transitórias e outras não. Contudo, esses sinais podem ser vistos já no período da gestação durante a execução de exames pré-natais como as ultrassonografias. A importância desses exames é alta, uma vez que algumas alterações são mais fáceis de serem detectadas como batimentos cardíacos aumentados ou lentos, microcefalia ou outras deformações ou pontos críticos no cérebro.

De modo geral, alguns dos sintomas causados pela Síndrome da Rubéola Congênita são:

•Surdez;

•Retardamento mental e dificuldade de atenção;

•Cardiopatia congênita;

•Microcefalia;

•Glaucoma e cegueira;

•Meningoencefalite;

•Estenose aórtica e pulmonar.

Sintomas como esses podem ser revertidos com procedimentos cirúrgicos. Já outros também podem ser vistos, mas podem desaparecer ao longo do tempo com o tratamento adequado:

•Anemia hemolítica;

•Hepatite;

•Miocardite;

•Adenopatia;

•Osteopatia de ossos longos

Dependendo da gravidade do problema, é possível que crianças sejam diagnosticadas com autismo ou diabetes, desde a fase recém-nascida até os 4 anos de idade. Além disso, os portadores também sofrem com nascimentos prematuros e um baixo peso, além da imunidade fraca. Como a forma de infecção pode ser variada, é necessário o acompanhamento preciso de médicos especialistas para recomendar um tratamento adequado, especialmente quando a contaminação nas mães ocorre no primeiro trimestre da gravidez.

Tratamento

O tratamento da Síndrome da Rubéola Congênita pode variar de acordo com o tipo de infecção. Como nem toda criança apresenta os mesmos quadros clínicos, os médicos podem mostrar variados tipos de tratamento: cirurgias, reabilitações ou mesmo consultas frequentes com pediatras, oftalmologistas, cardiologistas e neurologistas.

O diagnóstico para recomendação de tratamento começa quando se analisa anticorpos IgM específicos presentes no sangue do bebê. Caso haja anticorpos que entraram em contato com o vírus no corpo do bebê então ele está infectado, pois anticorpos IgM não podem atravessar do corpo da mãe para o bebê através da placenta.

Fazendo a coleta de sangue, é recolhido o swab nasofaríngeo, que vai identificar o genótipo causador da doença.

Quando já identificado com a doença, os bebês são acompanhados pelos médicos e iniciam rapidamente o tratamento específico. Uma das recomendações principais é a fisioterapia, que alivia e influencia na melhora das inconveniências das más formações dos ossos, músculos e outros tipos de atrofias.

Ainda com a fisioterapia, o bebê também é submetido a processos que desenvolvam sua atividade mental, a fim de não ter problemas maiores com raciocínio lógico, processar informações e outras atividades psicomotoras. Também é recomendado por conta da dificuldade que algumas crianças possuem para andar, comer, levantar ou fazer qualquer outro tipo de movimento.

Além do cuidado com esses sintomas, os médicos indicam o uso de analgésicos para febre, dores de cabeça e no corpo, imunoglobulinas para casos de anemias e anti-inflamatórios que não sejam esteroides.

Se a criança tiver um sintoma ainda mais grave como a meningoencefalite, microcefalia ou até mesmo púrpura, é necessário que haja uma atenção contínua até mesmo dentro de casa. Porém, há casos de crianças que não se sentem incapacitadas e conseguem realizar atividades e tarefas mesmo estando com os sintomas.

Mas a grande proteção contra a doença se concentra na vacina. Ela é a única forma de prevenção da rubéola que deve ser transmitida para a criança logo no primeiro ano de vida. Outras duas doses são receitadas: aos 4 e aos 6 anos de idade. Se a mãe, em idade fértil, não tomou a vacina, é recomendado tomar a vacina tríplice viral, pois dessa forma terá uma proteção ainda mais forte.