Economia e Sociedade no Egito Antigo

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Economia e Sociedade no Egito Antigo

Situado no nordeste da África, o Egito é um dos países mais populosos do continente – conta com mais de 85 milhões de habitantes. Irrigado pelo famoso Rio Nilo, o rio mais extenso do planeta, o país possui a 41ª maior economia do mundo e destaca-se no setor de turismo. Recheado de história e peça chave para a evolução dos Estados modernos, o Egito é habitado desde o milênio 10 a.C e abrigou uma das primeiras civilizações a surgir de forma independente no mundo.
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O Egito Antigo, que é como denomina-se o Egito dos anos 3.100 a.C, foi uma das primeiras seis grandes civilizações da Antiguidade, que se desenvolveu devido a unificação entre o que se chamava de Alto Egito e Baixo Egito. A sociedade egípcia é muito estudada pela história devido à forma de organização em sociedade e também pela economia, haja vista que o primeiro sistema de organização política do país vigorou durante a conquista do poder pelo primeiro faraó, Narmer, que foi quem unificou o Egito Antigo – isso sem contar a religião e toda a magia escondida por trás das famosas pirâmides.

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Veja abaixo:

• Sociedade do Egito Antigo

Com a unificação do Alto e Baixo Egito em 3.100 a.C, Narmer se tornou o primeiro faraó do Egito Antigo. Vale ressaltar que naquele tempo o faraó era o líder político e religioso do país, considerado um “deus vivo” pela sociedade. Portanto, tratava-se de um sistema hierárquico e de mobilidade social praticamente nula, na qual o faraó representava o topo da pirâmide, seguido, respectivamente, pelos nobres, os altos funcionários, os sacerdotes, os guerreiros, os escribas, os artesãos, os trabalhadores, os camponeses e os escravos.

Os camponeses representavam a maioria da população do Egito Antigo e, no entanto, tinham as piores condições daquela sociedade. Os escravos, por sua vez, eram raptados em guerras ou obtidos através de trocas comerciais com os outros países.

De modo geral os egípcios daquela época faziam parte de uma sociedade monogâmica, apenas com exceção do faraó, que podia ter várias mulheres e, inclusive, podia casar com pessoas da própria família, haja vista que a prática da endogamia era permitida para o líder.

Em comparação às outras sociedades da Antiguidade, as mulheres do Egito Antigo, por sua vez, tinham mais direitos, pois eram consideradas pessoas jurídicas e podiam adquirir propriedades e outros bens, além de poder fazer testamentos, receber e deixar heranças, ter direito ao divórcio e herdar o trono do faraó caso ele morresse, como foi o caso de Cleópatra.

No período do Egito Antigo, o país era chamado de “kemet”, que significa “terra negra”. O faraó Narmer, sucessor do Rei Escorpião II que era rei do Alto Egito, estabeleceu as dinastias que governaram o Egito Antigo até 343 a.C, quando o faraó Nectanebo foi derrotado pelos persas.

Um dos períodos mais importantes dos 3 milênios marcados pelos faraós do Egito foi o que ficou conhecido como “Novo Império”, que se iniciou por volta de 1.550 a.C. e terminou em 1.070 a.C. Nesse período o país foi liderado por alguns dos mais populares faraós da história do Egito Antigo, como Ramsés I e II e Tutankhamon, além de Aquenáton e sua esposa Nefertiti, que ficaram conhecidos por fundar uma nova religião no Egito Antigo.

• Economia do Egito Antigo

A economia do Egito Antigo era baseada na pecuária e na agricultura, além do papiro encontrado nos arredores do Rio Nilo, que era utilizado para confeccionar papel, sandálias, cordas e esteiras, entre outros produtos. Os tecelões também marcaram presença na economia do Egito da Antiguidade, haja vista que eram considerados os mestres na arte de tecer, importantes para o desenvolvimento do país na época.

Durante o Egito Antigo não havia moeda e, portanto, o sistema de economia era baseado em trocas. Aos camponeses, por exemplo, eram cedidos terrenos para que cultivassem alimentos, algodão, linha e óleo e, em troca, eles tinham que pagar o faraó com os produtos cultivados ou com o trabalho. As relações com os outros países, de forma geral, eram fracas, embora o país já exportasse mercadorias como vinho, papiro e cereais e importasse pedras preciosas e madeira, entre outros produtos.

Isto é, o que caracterizava a economia do Egito Antigo, sobretudo, era o poder centralizador do Estado representado pelo faraó. Apesar de a agricultura e a pecuária serem as principais atividades econômicas do país, já naquele tempo começavam a se desenvolver algumas indústrias têxteis, de mineração e cerâmicas. Segundo os historiadores, o Egito Antigo também foi o precursor dos comércios através do Mediterrâneo. Entre os países com os quais havia trocas comerciais, estavam Índia e Arábia.

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