Aspectos Humanos e Econômicos da América Central e Canal do Panamá
Não é possível dissociar desenvolvimento humano de desenvolvimento econômico. A América Central é a região do continente Americano onde a pobreza se faz presente com a maior intensidade. Esse aspecto, sem dúvida alguma, é decorrente de uma organização econômica bastante primitiva, distante de alguns ganhos, inclusive, do século XX.
A base da matriz econômica centro-americana é a agricultura, mas não nos moldes do agronegócio, onde há emprego de tecnologia e investimento na produtividade da terra e das colheitas.
A América Central, excetuando Cuba, é uma região onde a propriedade da terra está concentrada nas mãos de poucos. As grandes propriedades, algumas poucas empregando técnicas avançadas de tratamento do solo, plantio e colheita, dividem lugar com a agricultura familiar.
A produção em escala é destinada à exportação. O milho é a cultura dominante na região, mas estão presentes outras culturas tropicais com alta receptividade no mercado externo, como algodão, cana de açúcar, café, banana e outras frutas tropicais.
A atividade industrial é voltada para a produção de tecido, roupa e alimentos, mas mesmo a propriedade dessas empresas é transnacional.
A região do Caribe se diferencia por dois aspectos: turismo e serviços financeiros. No turismo, destaque para as praias paradisíacas, que atraem visitantes do mundo inteiro. No campo financeiro, a clientela não é tão selecionada. É o chamado paraíso fiscal, cuja característica é a combinação de taxas baixas de serviço e sigilo absoluto, que atrai o crime organizado, organizações e pessoas que querem burlar o fisco de seus países e outros públicos não muito recomendados.
Pobreza
O continente sofre forte influência estrangeira, não só na economia, mas também na língua, cultura e na própria configuração territorial, onde há protetorados e até territórios de outros países, entre Estados Unidos e nações europeias.
O clima tropical contrasta com a intensa atividade vulcânica, sujeitando os países da região a terremotos, como o que devastou o Haiti, matando 230 mil e desabrigando mais de 1 milhão de pessoas.
A pobreza é o principal traço do desenvolvimento humano da região. Na Nicarágua, por exemplo, quase metade da população vive abaixo da linha da pobreza. A proporção não é diferente na maioria dos países, que abrigam uma população de aproximadamente 34 milhões de habitantes.
Alto endividamento e dificuldade de formular políticas regionais de desenvolvimento e integração econômica retardam o desenvolvimento da região.