Pampas

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Pampas

Os pampas, ou somente o pampa, é uma região geográfica que está localizada somente no estado brasileiro do Rio Grande do Sul e corresponde a cerca de 63% de todo o território estadual.

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Neste artigo, você vai aprender tudo a respeito desta área, quais são as suas características e importância, não somente para o Rio Grande do Sul, mas para todo o planeta. Veja a seguir:

Principais características dos Pampas

A palavra pampa tem origem indígena, quéchuá e aimará e significa planície. A área está subdivida em 3 diferentes biomas é considerado como um dos ecossistemas mais antigos do país. Por isso, possui uma rica biodiversidade, incluindo espécies que ainda não foram catalogadas e são desconhecidas da ciência.

Estudiosos acreditam que há mais de 3 mil espécies de plantas, em sua maioria gramíneas. Com relação à fauna, estima-se que somente no pampa gaúcho, podemos encontrar mais de 500 espécies de aves, 100 de mamíferos e muitos outros animais. Por este motivo, é considerado patrimônio natural genético, natural, além de também cultural, com importância tanto nacionalmente quanto em todo o mundo.

O clima encontrado por ali é o temperado subtropical. Ou seja, suas características envolvem uma grande variação de sazonalidade com as 4 estações bastante definidas. Nos extremos, os verões são bastante quentes e os invernos bem frios, incluindo uma grande incidência de geada e até neve de forma mais esparsa. As temperaturas médias do pampa ficam em torno de 15 e 18 graus Celsius, sendo que as máximas podem alcançar 38 graus e as mínimas, -10 graus Celsius.

Estas características climáticas existem devido a presença de massas de ar que são oriundas da área Tropical Continental e Atlântica e também dos polos. São as movimentações constantes destas massas, portanto, que definem as temperaturas do local.

O solo dos pampas é bastante fértil e desde sua colonização Ibérica, permite a vasta atividade pecuária devido as gramíneas existentes naturalmente. Os campos nativos portanto, permanecem como sendo a principal pastagem para o gado criado na região. Desta forma, acaba ocorrendo uma proteção da fauna e da flora local, além da própria cultura da região, campeira e que se tornou a marca e a imagem do gaúcho.

Mas infelizmente, nos últimos anos, têm havido uma rápida alteração na região, a partir da iniciativa de fazendeiros que incluíram pastagens de espécies exóticas no pampa. Com isso, têm havido não somente uma alteração nas paisagens do local, como também proporcionado um desequilíbrio ambiental bastante sério.

Segundo estudos realizados na região, esta alteração e a monocultura, têm sido responsável por uma diminuição muito rápida no bioma. Em 2008, segundo dados do CSR/IBAMA, 2010, restavam apenas 36% da vegetação nativa.

Por este motivo, muito da diversidade biológica e cultural que existe nos pampas, e que faz parte da história do Rio Grande do Sul desde seus primórdios, está agora ameaçado. Afinal, este tipo de alteração na natureza de um meio ambiente contribui para desequilíbrios nas populações de animais, além de causar a erosão e o enfraquecimento do solo.

A importância dos pampas para o planeta

Pode parecer exagero, mas todo e qualquer pedaço de terra no planeta é importante para o equilíbrio do meio ambiente. Por isso, o pampa, que é uma vasta área rica em fauna e flora, também é tão importante para a proteção de todos os ecossistemas existentes, inclusive os que estão do outro lado do mundo.

Além disso, somente 25% de toda a superfície do planeta possui características de campo, como as que podemos encontrar no Rio Grande do Sul. Parece muito, mas nem todas estas áreas são protegidas. Parte disso ocorre porque, menos exuberante do que as florestas, estas regiões acabam passando a impressão de que estão repletas apenas de pastagens, o que não é verdade.

Muitas outras plantas e animais só podem sobreviver neste tipo de característica e manutenção dos pampas portanto, pode garantir o equilíbrio total de outras espécies e inclusive do clima. Cabe portanto a todos que estão envolvidos diretamente com as atividades econômicas que sobrevivem dos pampas, agir de forma mais responsável para com a sua proteção.

Para isso, é preciso, antes de mais nada, evitar a plantação de gramíneas exóticas e manter o equilíbrio com as matas ciliares, capões de mata e banhados, que também fazem parte desta mesma região. Buscar a diversificação de produção e investir em um manejo mais responsável também é primordial.

O Estado também deve garantir a proteção destas áreas, através de programas que visem a manutenção dos pampas. Atualmente, pouco mais de 3% de toda a área é protegida por lei, sendo que somente 0,9% são integralmente, enquanto os demais são voltados ao uso sustentável. É preciso portanto investir na criação de mais áreas de preservação, em conhecimento e no fomento do desenvolvimento econômico sustentável e na educação de produtores rurais e agropecuários da região.