Resumo sobre o reino do Butão

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Resumo sobre o reino do Butão

O Reino do Butão é um minúsculo país encravado nos vales ao leste do Himalaia, no sul do continente asiático. É ladeado ao norte pela China e ao sul pela Índia. Com um relevo bastante montanhoso, possui alguns picos ao norte que chegam a atingir mais de 7.000 metros de altitude.

Resumo sobre o reino do Butão

Suas dimensões territoriais são equivalentes ao estado do Rio de Janeiro. A capital Thimphu é a maior cidade do país, com cerca de 50 mil habitantes. Apesar de pequeno e de topografia acidentada, o país possui alguns locais que são considerados verdadeiros cartões postais, com os mais belos cenários e paisagens naturais do planeta.

Depois de séculos vivendo como uma nação isolada, o Butão é considerado uma das economias menos expressivas do mundo. O país depende, basicamente, de sua produção agrícola, do extrativismo vegetal e da criação de animais. Economicamente, em um resumo sobre Butão, pode-se afirmar que o país tem surpreendido pelo seu alto índice de crescimento, em média de 8,4% ao ano, graças à implantação de projetos de geração de energia hidrelétrica e sua comercialização com países como a Índia.

Apenas nas últimas décadas é que o Butão retomou o seu contato com o mundo. Porém, ainda são poucos os países com os quais mantém relações oficiais. Em 2009, o Brasil tomou a iniciativa entre os países da América latina ao estabelecer relações diplomáticas com o Butão. Por não possuir uma representação em Thimphu, os interesses de ambos são tratados pela Embaixada do Brasil na capital da Índia, Nova Déli.

Religião x Política: um breve resumo sobre Butão

Durante muitos séculos, religião e política não se separavam, e o Butão era governado pelo chefe da religião budista, chamado de Lama. Somente no início do século passado é que o país tornou-se um reino e a política foi desvinculada da religião. Butão adotou a democracia, tornando-se uma república parlamentarista.

Apesar disto, os ideais políticos e religiosos caminham em harmonia. A própria Constituição utiliza os ensinamentos budistas. Ambos buscam ações que promovam um ambiente de felicidade, de harmonia com a natureza, a família e as suas tradições culturais, guiando-se de acordo com os princípios e valores de igualdade do budismo tibetano.

O rei Jigme Singye Wangchuck, o quarto a assumir o trono do país, fez história ao estabelecer a democracia a partir da Monarquia e reivindicar uma nova Constituição (Tsa-Thrim). Hoje, o monarca é uma figura simbólica e o primeiro-ministro é o líder do partido majoritário. O Butão tem hoje o seu quinto rei no trono do país.

O país se mantém majoritariamente budista. Em qualquer lugar, no campo, nas estradas, nas montanhas, podem ser encontrados lugares sagrados em que os butaneses se reúnem para fazer orações e reverenciar o seu deus Buda. Apenas na pequenina cidade de Dochu La, uma das mais belas do Butão, existem nada menos do que 108 templos de orações.

Algumas de suas orações e preces são feitas em forma de rituais. Eles escrevem versos sagrados em bandeiras e as deixam penduradas em árvores. De acordo com a sua crença, o balanço do vento espalha consigo sabedoria, benevolência e paz. Os sudaneses acreditam que apenas pessoas iluminadas pela superação dos sentimentos ruins podem ser realmente felizes.

Por que o Butão é considerado o país da felicidade?

Neste resumo sobre Butão, é difícil explicar a imensa felicidade observada no povo butanês. Neste país, não é fácil achar alguém com a aparência de triste. A maioria dos butaneses é formada por camponeses que vivem e trabalham na lavoura. Entretanto, o trabalho duro parece não afetar esta gente simples, que tem como marca registrada um sorriso constante no rosto.

Mas, é bastante comum encontrar grupos de pessoas cantando e dançando no meio da estrada, sem nenhuma razão aparente. A felicidade parece ser uma condição inata ao modo de vida dos butaneses. Para este povo das montanhas, os bens materiais não têm tanto valor. A religião budista é a bússola de orientação de suas vidas.

O próprio rei Jigme Singye teria anunciado que a “Felicidade Interna Bruta” era mais prioritária para os butaneses do que o “Produto Interno Bruto” do país. Esta questão da felicidade é levada tão a sério que o governo possui uma comissão que se utiliza de alguns critérios para avaliar se uma dada política, um novo programa ou projeto afetará a felicidade de seu povo.

Para isto, existe um Departamento da Felicidade, que se dedica especialmente com estas questões relacionadas com a felicidade dos butaneses. Entre esses critérios, é considerado o impacto do programa sobre o uso do tempo, os valores de família e a saúde dos butaneses. De acordo com a avaliação da comissão, o projeto pode ou não ser aprovado.

Butão: um passado de guerras vencido pela paz

Apesar da harmonia e felicidade atuais, nem sempre o povo butanês conviveu nesta atmosfera de paz. O Butão tem um passado de sangue em consequência de séculos de guerras sob o domínio tibetano. As dzongs, construções típicas dos reinos budistas do Himalaia, são representações arquitetônicas desta época e podem ser encontradas ainda hoje no país.

As dzongs foram erguidas no século XVII para servirem de fortalezas contra as invasões tibetanas. Hoje, servem às atividades espirituais e à administração pública: são utilizadas como templos budistas, monastérios e repartições do governo parlamentarista. Aqui também, parece haver uma perfeita harmonia na forma de viver desse povo das montanhas.

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