Resumo sobre Sementes

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Resumo sobre Sementes

Nós, seres humanos, temos um contato bastante próximo com os indivíduos do reino vegetal, ou seja, com as plantas de modo geral. Isso faz com que, em muitos casos, nos utilizemos do senso comum para compreender as estruturas que compõem um vegetal, seu processo evolutivo, suas formas de se adaptar ao meio e outras características, deixando de lado o conhecimento científico.

Resumo sobre Sementes

Nesse artigo, você vai aprender tudo sobre as sementes: o que elas realmente são, para que servem, quais são as partes que as formam e outros detalhes a respeito dessa estrutura essencial para o nascimento e desenvolvimento das plantas. Está preparado para embarcar nessa busca pelo conhecimento? Vamos lá!

Como as sementes se formam?

A semente é uma das estruturas mais essenciais para o desenvolvimento das plantas e para viabilizar a sobrevivência delas sobre a terra. Além de permitir que as espécies de vegetais se dispersem pelo ambiente, elas também protegem o embrião, nos primeiros estágios de vida das plantas.

Estima-se que as primeiras plantas dotadas de sementes tenham surgido há cerca de 365 milhões de anos! Esse foi um passo evolutivo muito importante, uma vez que antes disso, os vegetais possuíam esporos que eram menos resistentes, portanto, muitos vegetais não conseguiam sobreviver. Além disso, em condições desfavoráveis, as sementes são capazes de permanecer “adormecidas” por um período de tempo, algo impossível para os esporos.

Uma semente nada mais é do que um óvulo fecundado, ou seja, abriga o embrião. Sua formação, sobretudo nas plantas angiospermas, depende dos órgãos masculinos que são os estames, responsáveis pela produção dos grãos de pólen; e do órgão feminino, que é o pistilo, que produz os óvulos.

Para que a semente possa se formar, é necessário que ocorra um processo semelhante ao que é observado nos animais, isto é, o óvulo deve entrar em contato com o pólen. No entanto, sabe-se que os vegetais são imóveis e não podem se movimentar como os animais. Por isso, contam com a ajuda de agentes polinizadores, que levam o pólen até o ovário.

Os agentes polinizadores mais comuns são:

    • Água – polinização hidrófila
    • Vento – polinização anemófila
    • Insetos, pássaros ou moluscos – polinização zoófila
        A polinização é chamada de direta quando o pólen e o ovário são da mesma flor e cruzada quando são de flores diferentes.

Partes e características das sementes

Agora que você já compreendeu o processo por meio do qual uma semente se forma, vamos estudá-la mais a fundo.

Uma semente é composta por três partes principais: o embrião, que vai originar o novo vegetal depois de algum tempo, o suprimento nutricional que vai alimentá-lo durante essa fase embrionária e o revestimento protetor, que garante a sua sobrevivência. Se fôssemos comparar com o desenvolvimento humano, o embrião seria o próprio embrião humano, o suprimento nutricional poderia ser a placenta e o revestimento pode ser comparado ao líquido amniótico.

Existem diferenças entre as sementes das plantas gimnospermas e angiospermas, lembrando que:

        • Gimnospermas: representadas por pinheiros e sequoias, por exemplo, são plantas que vivem em ambiente terrestre, mais comuns em regiões de clima mais frio ou temperado. São compostas por raiz, caule e folhas.
        • Angiospermas: são o grupo com a maior variedade de espécies em todo o reino vegetal. As angiospermas agrupam boa parte das plantas que você vê em seu dia a dia, as que são formadas por raiz, caule, folha, flor, semente e fruto.

As gimnospermas são plantas mais primitivas e isso se reflete na estrutura da semente, que acaba sendo mais simples. Nesse grupo, o óvulo possui um núcleo, no qual se encontra o megagametófito, formado pelos tecidos nutritivos, e um tegumento ao seu redor. Esse óvulo vai se desenvolver depois da fecundação, de modo que aquele tegumento vai se transformar no revestimento que irá proteger a semente.

Por outro lado, as angiospermas são mais evoluídas e, por consequência, o processo é também mais complexo. O embrião vai ser originado a partir de uma estrutura primária chamada de zigoto. O núcleo vai originar o endosperma, estrutura que contém o material nutritivo necessário ao embrião. Os tegumentos pertencentes ao óvulo também vão formar o revestimento (chamado de testa) que irá proteger a semente.

No caso das angiospermas, o embrião maduro será constituído por um eixo ao redor do qual existe um ou dois cotilédones, que são folhas modificadas. As plantas que apresentam um único cotilédone são chamadas de monocotiledôneas. Nelas, o cotilédone tem a função de transferir os nutrientes do endosperma para a planta que está começando a se desenvolver.

As plantas que possuem dois cotilédones são as dicotiledôneas. Normalmente, elas não possuem endosperma, portanto, os próprios cotilédones são os responsáveis por armazenar nutrientes.

As sementes também garantem a dispersão das espécies pelo ambiente. As que são espalhadas pelo ar costumam ser leves e contar com alas. As que vão pela água são capazes de armazenar ar para flutuar. Já as que são levadas por animais contêm estruturas para aderir ao animal ou para atraí-lo de outra forma.