Brasil Colonial: Descobrimento, Pau-Brasil e Colonização
Em 1494, após uma reivindicação portuguesa, o papa de então assinou o Tratado de Tordesilhas, possibilitando a exploração lusitana em solo brasileiro. Esse documento abriu as portas do oceano para os ibéricos navegarem em busca do novo mundo.
Embora haja indícios de que o português Duarte Pacheco Pereira tenha visto as terras que futuramente pertenceriam a Portugal, e também de uma expedição do espanhol Vicente Yáñez Pinzón ao sul de Pernambuco, o descobrimento do Brasil é ainda atribuído a Pedro Alvares Cabral. É importante ressaltar que a historiografia atual procura se desvencilhar do termo “descobrimento”, pois é uma nomenclatura que exclui todos os povos originários do continente americano.
Pau-brasil
O Paubrasilia echinata, ou pau-brasil, como comumente chamamos, foi a principal matéria prima de exploração e exportação nos primeiros anos desse pedaço de terra que ainda não era uma nação. À base de trabalho escravo, primeiro indígena, depois africano, os portugueses reduziram drasticamente a população dessa árvore nativa. Seu principal uso era para fins de tingimento de tecidos, já que seu interior possui um corante valioso para época.
Entretanto, o pau-brasil foi muito utilizado para outros fins, tais como a fabricação de móveis e navios. Com tanta utilidade e nenhum pensamento sustentável, podemos entender como essa pratica era predatória e desumana, pois a mão de obra que derrubava os seus troncos sempre foi escrava.
Colonização
A diminuição do pau-brasil das matas brasileiras, junto com a decadência de relações comerciais com a índia, terra das especiarias, e com intensos ataques europeus à costa brasileira, Portugal se viu obrigado a colonizar suas terras antes que outros colonizassem. A princípio, tentou-se usar o modelo das capitanias hereditárias, contudo apenas 2 demonstraram potencial: a capitania de Pernambuco e São Vivente.
Diante desse fracasso, Portugal instaurou um governo geral na capitania da Bahia, uma investida que se mostrou mais eficaz.