Colonização do Brasil
Um período especialmente importante para a formação do Brasil, a colonização do Brasil foi marcada por diferentes formas de movimentar a economia, dividir o território brasileiro e principalmente proteger a supremacia portuguesa nas terras frente a outros invasores como França e Holanda.
Este período aconteceu entre os anos de 1530 a 1822, embora os 30 primeiros anos entre o descobrimento do Brasil pelos portugueses e a formalização como colônia também tenham contribuído para a condução histórica dos fatos. De toda forma, a história do Brasil é dividida nos períodos:
• Pré-colonial
• Colonial
• Pós-colonial
E, portanto, é desta forma que abordaremos este período histórico neste texto.
O Brasil Pré-colonial
Quando o Brasil foi descoberto por Portugal, o país foi encarado como uma fonte de riqueza devido sua grande quantidade de Pau Brasil, exportada de forma lucrativa para toda a Europa. Durante 30 anos, Portugal mandava embarcações para retirar as árvores e revendê-las como matéria-prima. Logo, a colônia atraiu os interesses da nação francesa, que passou a invadir territórios em busca de Pau Brasil. Com isso, Portugal se viu obrigada a reagir, passando a enviar embarcações de proteção do litoral brasileiro e criando colônias em pontos chave.
A colonização do Brasil
Pouco depois, o Pau Brasil deixou de ser tão lucrativo para a exportação, obrigando Portugal a explorar novas formas de rentabilizar sua colônia. A solução foi, a partir da necessidade de criar colônias no Brasil, desenvolver engenhos para a produção de açúcar, artigo igualmente lucrativo e necessário para toda a Europa.
Assim, em 1532, Dom João III decidiu dividir a colônia em faixas de terreno, entregando-as a nobres de secundo ou terceiro escalão na conjuntura portuguesa. Os beneficiados receberam uma carta de doação que caracterizava essas terras como hereditárias e perpétuas, dando origem às Capitanias Hereditárias.
Capitanias Hereditárias
Era necessário que os beneficiados pelas doações fundassem vilas, exterminar os índios e doar terras para cultivo de pequenos agricultores, além de comprar e vender escravos para os habitantes de suas terras.
Apesar da doação, poucas capitanias se desenvolveram, pois os beneficiados não tiveram interesse no cultivo de suas áreas. As únicas exceções foram as capitanias de Pernambuco e São Vicente, que desenvolveram o cultivo da cana-de-açúcar e continuaram realizando a exportação do Pau Brasil. Como apenas duas capitanias se desenvolveram, a coroa portuguesa desenvolveu um Governo-Geral, que a partir de 1549 passou a governar todas as capitanias, que só deixaram de existir em 1759, quando a colônia aboliu as Capitanias Hereditárias e formalizou o processo de Governo-Geral.
Governo Geral
Os governadores gerais eram indicados pela Coroa Portuguesa e tinham seu governo válido por 4 anos. Os Governadores Gerais foram: Tomé de Souza (1549-1553), Duarte da Costa (1553-1558), Nem de Sá (1558-1572). Após a morte de Nem de Sá, o Brasil se dividiu em dois governos gerais, um em Salvador, comandado por D. Luís de Brito e um segundo no Rio de Janeiro, comandado por D. Antônio Salema.
Durante o governo de Nem de Sá, passou-se a incentivar a prática da exploração do interior do Brasil, popularizando a ação dos Bandeirantes.
Os Bandeirantes durante o período colonial no Brasil
Responsáveis por realizar expedições às áreas interioranas, os Bandeirantes eram conhecidos por suas atitudes violentas com os índios que, a partir do momento em que deixaram de ser escravizados, passaram a ser catequizados à força.
Apesar de seu papel violento, os Bandeirantes foram muito importantes para o desenvolvimento das colônias, criando novas áreas de cultivo, demarcando territórios e estendendo a área de domínio português para além das demarcações do Tratado de Tordesillas. Entre os principais Bandeirantes da história da Colonização do Brasil, destacam-se Raposo Tavares, Fernão Dias e Domingos Jorge Velho.
A partir do século XVII, os Bandeirantes passaram a buscar pedras preciosas, marcando a mudança da economia baseada no cultivo da cana-de-açúcar e iniciando a corrida do ouro no Brasil.
Acompanhando as expedições dos Bandeirantes, Jesuítas fizeram sua parte no processo de difusão do catolicismo entre os Índios, contribuindo para fazer do Brasil Colonial uma das regiões com maior número de católicos do mundo, posto que permanece até hoje.
O declínio do Período Colonial do Brasil
Com a exploração das pedras preciosas, criaram-se grandes centros urbanos que, aliados à violência dos Bandeirantes e a exploração das áreas agrícolas, passou a gerar revoltas em várias partes do Brasil. Entre as principais revoltas, houveram a Insurreição Pernambucana, que enfrentou a colonização holandesa da região, a Revolta de Beckman, em que estados do nordeste exigiam melhor administração da capitania, a Inconfidência Mineira contra o governo português e a Revolta dos Alfaiates na Bahia.
Ao mesmo tempo, Portugal entrou em um declínio econômico, forçando toda a coroa vir para o Brasil, o que motivou um novo reinado. Assim, a partir de 1815, foi instituída a monarquia no Brasil.