Caldeus

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Caldeus

Povos da antiguidade que conquistaram a região sul da Mesopotâmia, nas áreas baixas dos rios Tigre e Eufrate, atual Iraque, Turquia e Síria. Esses eram os caldeus, povo proveniente da Arábia oriental, mas que se mudou para a Mesopotâmia no século IX a.C. Deixaram, portanto, de ser nômades para se tornarem sedentários. O domínio aconteceu após a invasão à cidade de Nínive, dominada pelos belicistas assírios, em 612 a.C. O monarca chamado Nabopossalar comandou a insurreição e havia governado a província dominada pelos assírios. Ele comandou o ataque após perceber a fraca administração que o local possuía.

Caldeus

Os caldeus ergueram o Segundo Império Babilônico, primeiramente nas mãos de Nabopossalar e em seguida na de seu filho, Nabucodonosor, que após o falecimento do pai ficou responsável pelas mudanças na Mesopotâmia, demonstrando a importância cultural da Candeia. O herdeiro do trono invadiu territórios egípcios e assírios, além de expandir para Jerusalém, Arábia e Fenícia. Ele fez a reconstrução das cidades destruídas pelos conflitos. Ambos são considerados os reis mais importantes do Império caldeu.

Por 42 anos Nabucodonosor reinou e deixou como legado o período mais áureo da Babilônica, com belas construções arquitetônicas como os Jardins Suspensos e a Torre de Babel. Por outro lado agiu violentamente contra seus inimigos como a realização de deportação em massa de judeus de Jerusalém para Mesopotâmia.

Características do povo caldeu

A economia caldeia era baseada na agricultura, como a maioria dos povos que habitavam a região da Mesopotâmia. Além disso, também criavam animais e viviam do comércio. Além disso, como já citado, era preciso reconstruir a Babilônia, o que tornou a área de construção bastante viva na região. Já a sociedade era de caráter violento e bélico com muitos escravos.

A organização social era de monarquia despótica e teocrática em que o rei comandava o império, tinham os nobres, sacerdotes, comerciantes, pequenos proprietários e escravos. No tocante religioso, eram politeístas, cultuando inúmeros deuses ligados à natureza e aos animais.

Na cidade de Babilônia havia uma porta feita com mosaico de Ishtar, deusa do amor e protetora daquela civilização. Em relação à cultura, a cidade era um grande centro cultural por ação de Nabucodonosor. Obras como ruas, jardins, muralhas, palácios e templos foram criados incluindo a Torre de Babel e os Jardins Suspensos da Babilônia. Outro ponto importante da cultura Caldeia é o estudo da astrologia e astronomia sob os avanços de estudos matemáticos.

A língua provável da região era o acádio assim que se estabeleceram na Babilônia. A linguagem é assíria de Nínive. Quando o império assírio acabou começaram a falar aramaico.

Divisão das terras

Existia a divisão das terras dos tempos na Caldeia. Tais terras eram consagradas a uma divindade e repartidas em três partes:

• Cereais: as que eram exploradas de forma mais proveitosa pelos meeiros. Metade da produção era desse povo e a outra metade do tempo ou arrendatários, os quais pagavam uma taxa para o templo.

• Palmares: lá as palmeiras eram exploradas, nas margens dos canais. Essas terras poderiam ser arrendadas ou exploradas por empreiteiras. Além disso, eram usadas como forma de pagamento para funcionários do templo como bailarinos, artesãos, cantores e porteiros.

• Pastagens: eram um tanto abandonadas e ficavam em ambientes mais secos.

As três terras faziam o pagamento do dízimo para o governo e para o templo. Eles também exigiam oferendas diárias. Já os templos tinham trabalhadores na construção de obras públicas e na confecção de itens para o rei. A sociedade do templo funcionava como a do império, no mesmo estilo de construção social, em que alguns grupos eram privilegiados e os artesãos, camponeses e escravos.

Os escravos tinham muitas dívidas e eram prisioneiros de guerra. Poderiam ser estrangeiros vendidos ou filhos dos pais que foram vendidos. O trabalho não era necessário nem nos templos nem nas sociedades, ao contrário dos trabalhadores livres que tinham atividades coletivas as quais correspondiam a maior parte do serviço.

A Queda do da civilização Candeia

Após gerações, o quarto sucessor de Nabucodonosor, Nabônidas tentou colocar o culto a Sin, adorado no oeste. Como a religião era algo muito levado a sério nesses locais, esse foi o provável motivo do abandono dele das terras de Candeia. Ele foi viver no oásis de Tema e deixou Baltazar, o primeiro príncipe herdeiro, no comando.

O clero de Marduk não tinha mais para quem pedir as bênçãos nas festas de ano novo, dessa forma o império perderia as “Graças do Deus”. Ciro II, O Grande, tomou o reino de Judá e quando Nabônidas retorna já não há mais tempo. Os persas são bem recebidos por uma tolerância quanto a religião e conquistaram a Babilônia.

Com essa descoberta, os persas concluem que os caldeus tem muito conhecimento em leituras, escrita e em diversas artes mágicas, contando com a astronomia como principal ciência.