Kamikazes

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Kamikazes

A participação dos kamikazes marcou definitivamente a história da Segunda Guerra Mundial e foi também a principal responsável por levar o conflito a todos os continentes do planeta. Um marco sangrento ou uma postura heroica? Nessa história o que realmente conta é o ponto de vista empregado a ela.

Kamikazes

Kamikazes é um termo japonês que faz menção a “vento divino”, uma esperança em meio a um ambiente hostil e completamente volátil. A ideia surgiu de Takijiro Onishi, que era na época o vice-almirante do Japão, responsável pelo comando aéreo de todas as Filipinas.

Por não ter tantos recursos quanto necessários para participar e vencer adequadamente uma guerra, os japoneses decidiram agir de um modo nunca antes visto na história mundial: Criando e disparando homens bombas contra os exércitos e porta-aviões de seus rivais a fim de que estes acumulassem o máximo possível de baixas, facilitando o momento do combate.

Apesar de insana, a ideia foi muito mais do que uma simples sugestão. Posta em prática principalmente contra os Estados Unidos no ataque a Pearl Harbor, que ocorreu no início do último mês de 1941 e matou cerca de 2 mil soldados americanos, além de deixar mais de mil gravemente feridos, o episódio “Kamikazes” dentro da grande guerra com certeza jamais será esquecido.

Se houve perda para os rivais dos japoneses, para estes também houve gigantesco prejuízo. A história conta que ao todo foram 4615 pilotos kamikazes que atingiram o êxito: De morrer por sua pátria! Veja mais detalhes sobre a história dos kamikazes, ataque a Pearl Harbor e fim da segunda grande guerra neste artigo.

Quem eram os kamikazes?

Os japoneses que assumiram o posto de kamikazes eram, em sua maioria, jovens, o futuro da nação. Estudantes sem preparo algum para tal compromisso.

Para cumprir a missão, esses voluntários passavam por alguns dias de preparo básico para pilotarem seus aviões até os alvos. Esse tempo, é claro, era incrivelmente curto, cerca de dois dias de treinamento para decolagem, outros dois para que o piloto aprendesse a voar em formação e mais três aprendendo sobre estratégias e formas de ataque.

Outro ponto que era veementemente abordado nesses treinamentos era o preparo psicológico. Apesar de serem apenas jovens, estes não poderiam falhar, deveriam cumprir seu objetivo de explodir as bombas que iam junto com os kamikazes nos locais demarcados a fim de enfraquecer o inimigo.

Neste preparo mental eram treinados os sentimentos de sacrifício, lucidez e autocontrole. O jovem por trás da bomba kamikaze deveria manter os olhos bem fixos no inimigo até o momento do impacto, pois apenas assim poderia ter certeza de estar atingindo ao seu alvo.

Passado este período, de não mais que 7 dias, os kamikazes ficavam esperando a hora da morte, afinal, mais cedo ou mais tarde ela viria. Para aqueles que não vieram a combate, a morte veio em forma de suicídio mais tarde.

Quando o Japão levantou bandeira branca e rendeu-se a nação americana, aqueles que haviam se preparado para morrer e compor a história dos kamikazes foram obrigados a retomar sua vida como se nada tivesse acontecido. É evidente que nem todos puderam seguir desta forma após ter se preparado e esperado pela morte no céu.

O ataque a Pearl Harbor e o fim da Segunda Guerra Mundial

Pearl Harbor é até hoje um dos episódios mais tristes e trágicos da nação americana. Participando a distância da segunda grande guerra, vendo os embates e combates acontecendo exclusivamente na Europa e Ásia, ninguém esperava que o inimigo fosse ser tão ousado a ponto de chegar até o Havaí.

Concentrados à espera da necessidade de intervir na guerra, milhares de militares estavam em Pearl Harbor na Frota do Pacífico na manhã do dia 07 de dezembro de 1941. Ainda era muito cedo e a maior parte dormia quando o ataque japonês ganhou forma e força.

Foram cerca de 2 horas de ataque ininterrupto. 20 navios foram derrubados e 164 aviões completamente destruídos nesses poucos minutos. Mais do que material, o ataque dos kamikazes a Frota do Pacífico atingiu aos homens e mulheres que ali estavam.

Ao todo foram 2, 4 mil soldados americanos mortos em Pearl. Desses, sabe-se que 1177 afundou junto com o USS Arizona, um dos navios que foram atingidos por bombas japonesas.

Quem visita o cenário desta tragédia pode ver que ainda hoje, cerca de 45 anos depois, é possível ver na superfície gotas de óleo que sobem a espaço de minutos de diferença onde o navio foi afundado. Há quem diga que essas gotas são, na verdade, lágrimas daqueles que ali morreram.

Com o ataque, Estados Unidos da América que mantinha-se a uma distância segura do combate entrou oficialmente para a Segunda Guerra Mundial.

Em 1945, ano em que a guerra acabou, Estados Unidos da América lançou duas bombas nucleares sobre o império japonês. Além da morte de quase 5 mil kamikazes, o Japão ainda teve que limpar as lágrimas de cerca de 140 mil pessoas atingidas pelo bombardeio de Hiroshima e outras 40 mil de Nagasaki.