Resumo da Grécia Antiga: A Pólis de Esparta

História,

Resumo da Grécia Antiga: A Pólis de Esparta

Esparta estava localizada na região da Lacônia, uma península do Peloponeso, em uma planície que representava uma verdadeira exceção no conjunto da geografia grega, e que estava isolada por montanhas altas das regiões vizinhas.

Fundada pelos dórios, a Pólis de Esparta teve um desenvolvimento praticamente igual aos das demais pólis gregas. Mas, as dificuldades nas finanças foram menos acentuadas ali, já que não houve um crescimento desregrado da população e também não sofreu com a escassez na agricultura.

A Pólis de Esparta

A sociedade espartana era formada por: espartanos (elite militar e principal grupo social dessa civilização), periecos (eram os habitantes da periferia da pólis) e hilotas (servos que eram vistos como propriedades do estado).

Uma peculiaridade de Esparta estava no fato de a mão de obra e das terras pertencerem ao estado, monopolizado pelos espartanos. As áreas mais férteis encontravam-se no centro da pólis; a exploração das áreas mais pobres e montanhosas, em regiões periféricas, cabia aos periecos.

Em relação ao número de hilotas, os espartanos eram minoria, o que levou à crescente militarização dos hilotas como uma forma encontrada de manter a ordem. A educação dos espartanos enfatizava esse aspecto, fundando-se em princípios de obediência e de aptidão física.

Crianças do sexo masculino que apresentassem deficiências físicas eram sacrificadas ao nascer, porque não poderiam servir ao estado como guerreiros. Já as crianças saudáveis, eram separadas de sua família aos sete anos de idade e entregues ao estado para adquirirem formação militar. Quando completavam 18 anos, elas estavam prontas para servir no exército, como hoplitas, soldados de infantaria armados de lanças e escudos e que envergaram pesadas armaduras. Podiam casar-se aos 30 anos e participar da vida política, deixando de ter obrigações militares somente quando completassem 60 anos, época na qual poderiam ser eleito para a gerúsia.

Esparta acabou buscando sua expansão no período clássico, por causa principalmente das constantes ameaças estrangeiras, das pressões externas e ainda pelo desejo de se transformar em uma potência hegemônica.

CONTEÚDO DESTE POST

A Pólis de Atenas

Atenas estava localizada no sul da Grécia, na região Ática. Cercada por diversas montanhas, a Pólis de Atenas foi poupada da dominação que foi imposto pelo povo indo-europeu e ainda das invasões dóricas.

A Ática, que estava ocupado no início pelos aqueus e em seguida pelos jônios e os eólios, estava dividida em comunidades gentílicas. Mas, em contrapartida a união dessas comunidades em tribos, acabou formando uma sociedade de classes.

Por muito tempo, Atenas manteve uma monarquia, até o momento em que a aristocracia proprietária de terras derrubou o último basileu, e que ainda estabeleceu um regime de oligarquia. Esse regime estava fundado no arcontado, um órgão de poder que era formado por indivíduos que detinham mandatos anuais. Além disso, havia o areópago, conselho de bem-nascidos e que eram os grandes responsáveis por fiscalizar e por controlar os arcontes.

A falta de interesse no comércio e a falta de terras férteis, fizeram com que os atenienses fossem em direção ao Mediterrâneo, com o objetivo de fundar colônias de povoamento ou comerciais, o que acabou provocando a segunda diáspora grega.

Diversas alterações na estrutura social e econômica ateniense foram provocadas por essa expansão no Mediterrâneo. Atenas estava realizando com suas colônias um intenso comércio, buscando principalmente metais, excedentes agrícolas (em especial o trigo) e madeira, vendendo a eles peças de artesanato, azeite e vinho.

Enquanto em Atenas, aumentava-se a tensão social, que vinha ameaçar toda a estabilidade do regime de oligarquia, os demiurgos surgiam. Eles eram homens que enriqueceram com o comércio e que por isso, começaram a levantar questionamentos sobre o monopólio político dos eupátridas. Ao mesmo tempo, chegavam um grande contingente de escravos, trazidos na maioria das vezes como prisioneiros de guerra das colônias, consolidando uma economia fundada na exploração do trabalho escravo, aumentando as já existentes tensões.

Nesse contexto, diversos legisladores de Atenas acabaram fazendo propostas com o objetivo de atenuar essas tensões e superar os conflitos existentes.

Os gregos consideravam a democracia um regime perfeito político, isso porque na medida em que todo o cidadão poderia participar de maneira ativa da tomada de decisões. Mas, o conceito de cidadãos apresentava uma vasta série de restrições. Isso porque, somente eram considerados cidadãos o homem livre e ateniense, ou seja, aqueles que eram nascidos em Atenas e que eram filhos de mãe e de pai ateniense. Isso significa dizer que os escravos, as mulheres e os estrangeiros não podiam participar do processo de política. Em contrapartida, eles eram a maioria, chegando ao número de 200 mil habitantes.

Atenas estava totalmente aberta para a realização do comércio, e era considerada democrática, dinâmica e rica, ao contrário de Esparta, considerada oligárquica, agrária e fechada. No século V a.C, as pólis gregas uniram-se militarmente a fim de combaterem os persas, um inimigo em comum, que estavam ameaçando das fronteiras orientes do mundo helênico.