Resumo da Roma antiga: Origens – Monarquia

História,

Resumo da Roma antiga: Origens – Monarquia

Nascido de um pequeno povoado da península Itálica, Roma foi bastante influenciada por diversos povos que ocupavam a região, como os sabinos, os etruscos, os latinos, os samnitas e até mesmo gregos que estavam na região da Magna Grécia. Especula-se que ela tenha sido fundada por volta de 1000 a.C, Roma está situada nas terras férteis do Lácio, centro da península.

Uma das versões sobre o nascimento da cidade, é de que ela tenha se originado do estabelecimento de latinos que estavam procurando de defender de incursões etruscas. Outra versão, é contada pelo poeta Virgílio em Eneida e pelo historiador romano Tito Lívio em História de Roma, Roma teve sua origem ligada a Rômulo e Remo, que eram descendentes de Enéas, guerreiro troiano.

Roma antiga

Nessa versão, o ambicioso e cruel rei Amúlio, havia deposto seu irmão mais velho do trono da cidade de Alba Longa, que foi fundada na região do Lácio pelo filho de Enéas. Amúlio, na tentativa de manter-se no poder assassinou seu sobrinho herdeiro e passou a perseguir os recém-nascidos Rômulo e Remo, filhos de Réa Silvia, sua sobrinha, com o deus da guerra, Marte. Amúlio então os jogou no rio Tibre.

Os meninos foram salvos por uma loba, que sob as ordens do deus Marte, os amamentou até que eles fossem resgatados por camponeses. Tempos depois, Amúlio foi deposto e os irmãos fundaram a cidade de Roma, nas margens do Rio Tibre, em 73 a.C. Diz a lenda ainda, que Rômulo, matou seu irmão Remo após um desentendimento, tornando-se assim o primeiro rei da cidade.

Por mais precária que seja toda a documentação que remete ao período de monarquia de Roma, ela registra Rômulo como o primeiro rei da cidade, salientando é claro, como uma figura lendária.

Durante a monarquia, Roma tinha uma economia totalmente voltada para a economia e na sociedade, destacavam-se os patrícios, que eram grandes proprietários de terra. Abaixo deles, estavam os homens livres, que eram marginalizados por não possuírem direitos políticos, chamados de plebeus. Muitos deles, prestavam serviços aos patrícios e eram seus agregados ou dependentes.

Na última camada social, estavam os escravos, indivíduos que haviam sido vencidos em guerras ou endividados, que eram considerados utilizados como meros instrumentos de trabalho.

O rei por sua vez, acumulava funções judiciais, políticas e religiosas. Seu poder era controlado pelo Conselho dos Anciãos e pelo Senado. O conjunto de cidadãos em idade militar formava a Cúria, também conhecido como Assembleia, que era responsável pela ratificação das leis que eram votadas pelo Senado.

Essa estabilidade foi quebrada quando os etruscos dominaram Roma, no final do século VII a.C, que passaram a impor seu domínio político e militar, inclusive nomeando seus reis. Tempos depois, a monarquia foi abolida e o Senado passou a representar o poder supremo, o que caracterizou a formação da República.

CONTEÚDO DESTE POST

República

Essa nova estrutura de governo, estava totalmente fundada no órgão máximo de poder, o Senado. A República agora passava a controlar as finanças e a administração e tinha o poder de declarar guerras. Já o poder executivo, ficou a cargo dos cônsules, sempre em número de dois. Os demais magistrados que administravam a República romana era: cônsules, pretores, censores, edis e questores

Cônsules: eram esses magistrados que propunham as leis, que presidiam as assembleias e o Senado. Além disso, em caso de guerra, eles poderiam por um período de seis meses, decretar um ditador temporariamente;

Pretores: faziam a administração da justiça;

Censores: responsáveis pelo censo, ou seja, pela classificação e também pela contagem da população, onde o critério utilizado era a renda;

Edis: além de ficarem responsáveis pelo policiamento e do abastecimento, esses magistrados eram responsáveis por conservar o núcleo urbano de Roma;

Questores: ficaram encarregados do Tesouro Público.

Em 494 a.C, os plebeus se rebelaram e se retiraram da cidade e foram para o monte Sagrado, onde passaram a exigir participação política. Dessa maneira, deu-se a criação do tribuno da plebe, onde eles passaram a ter o poder de vetar as decisões do Senado.

Em seguida, elaborou-se a Lei das Doze Tábuas, que tinha por função a atenuação das tensões existentes na sociedade. Quase um século e meio depois, as Leis Licínias estabeleceram que um dos cônsules sempre seria um plebeu, o que significou mais acesso da plebe às terras que eram conquistadas em campanhas militares. O casamento entre os membros de classes sociais diferentes, era proibido até esse momento, e a Lei Canuléia mudou essa situação.

Nesse contexto, as lutas sociais começaram a ganhar mais dimensão por causa da expansão territorial. Roma, atingiu seu apogeu com as Guerras Púnicas, contra Cartago, cidade que controlava quase todo o comércio na bacia do Mediterrâneo. Sua localização privilegiada, contribuiu para o monopólio da ligação do Mediterrâneo ocidental com o oriental pelos cartagineses.

Em 264 a.C e 146 a.C, três grandes guerras aconteceram. As conquistas acabaram por provocar diversas transformações em Roma, que passou a crescer, culminando em várias tensões. Dos novos territórios conquistados, chegavam incontáveis escravos, consolidando a economia escravista. Além disso, surgiu uma classe de comerciantes poderosos, que estavam ansiosos por participação política. Esses motivos caracterizaram a crise da República em Roma, e a guerra civil não demorou muito para acontecer.

Proposta pelos irmãos Tibério e Caio Graco, a reforma agrária significou a última tentativa pacífica para superar a crise. Eles viam na distribuição de terras, uma forma de satisfazer as necessidades da plebe proletarizada.

Mas, os patrícios não aceitavam nenhum tipo de mudança, assassinando Tibério e forçando que Caio, dez anos depois, cometesse suicídio, provocando uma guerra civil.