Resumo sobre Capitalismo: O que é capitalismo?
Podemos definir capitalismo como um sistema da economia, cujo o qual os meios de produção, em especial, a demanda, a distribuição, os investimentos, as decisões de oferta e o preço são de propriedade privada com fins totalmente lucrativos e por isso, não são feitos pelo governo.
Nesse sistema econômico os empresários investem em empresas, onde predomina-se o trabalho assalariado e está em vigência no mundo desde a época final da época conhecida como feudalismo.
História – Mercantilismo
Durante a Idade Moderna, o Antigo Regime dominava praticamente toda a Europa e combinava na prática elementos que surgiram durante o desenvolvimento do comércio com os elementos da sociedade feudal. Dessa maneira, as tradições seculares econômicas, sociais e também políticas que ainda restavam da velha ordem feudal se misturaram e deram origem aos interesses de uma burguesia cada vez mais atuante e promovendo modificações nas antigas relações.
Nessa época, para tentar proteger o status político dos nobres e da nobreza, ao mesmo tempo em que se acomodavam na estrutura do poder em vigência, os interesses da burguesia comercial, cujas finanças se mostravam cada vez mais necessárias para os negócios que existiam no estado. Em consequência, essas mudanças antes de significarem uma profunda ruptura com o passado, representaram a permanência das antigas hierarquias, que mantinham vários setores da população europeia à margem do poder.
O movimento expansionista marítimo, assim como as cruzadas foram responsáveis pela dinamização das atividades de comércio existentes na Europa, acabou provocando uma verdadeira revolução no comércio, já que a atividade mercantil passou a ser exercida em escala mundial. Neste contexto, uma nova ordem socioeconômica começava a se estruturar em meio à crise das instituições feudais, processo que recebeu o nome de capitalismo comercial ou capitalismo mercantil.
Essa nova política ainda guardava várias características que haviam sobrevivido do feudalismo, a exemplo do prestígio e de todo poder que vinha de questões hereditárias, e não apenas do sucesso da economia. Em contrapartida, os grupos da sociedade que eram mais dinâmicos acabavam acelerando o acúmulo de riquezas, forjando as condições que desembocariam no processo de industrialização que aconteceu nos séculos XVIII e século XIX, época em que a ordem burguesa capitalista completou a sua formação como sistema de hegemonia e atingiu o ápice de sua maturidade.
Já entre os séculos XV e XVIII, período que ficou conhecido como Idade Moderna, ou ainda como Antigo Regime, consolidava-se o capitalismo comercial. Dessa maneira, foram se abrindo cada vez mais espaços políticos para banqueiros e para comerciantes. Entre os objetivos desses indivíduos estão presentes, de maneira contrária, os privilégios e os títulos dos nobres, com o objetivo principal de assegurarem sua supremacia, que de resto já havia sido garantida pelo poder econômico.
Esse novo período, acabou desafiando os nobres a manutenção de seus privilégios que haviam sido adquiridos há séculos, exigindo que eles fizessem esforços para que pudessem se adaptar à nova ordem e ainda garantirem alguns de seus poderes e privilégios. Os burgueses só romperam de forma definitiva com os resquícios estatamentais e as antigas tradições no final da Idade Moderna. Vale ressaltar que foi assim que eles eliminaram os últimos vestígios que sobravam dos feudos e se tornaram fortes o suficiente para criar uma estrutura política, social e econômica de fato capitalista. Neste processo, durante o período moderno, predominou a combinação dos interesses dos herdeiros dos nascidos durante o desenvolvimento urbano e comercial, da velha ordem, o que consistiu na transição do capitalismo comercial.
Os estados centralizados que se iniciou durante a Baixa Idade Média, juntamente com a dinamização urbana e comercial foram fatores de suma importância para a expansão do mercado. Nas cidades em que já aconteciam a produção manufatureira e as trocas monetárias, começou a valer uma maior circulação de dinheiro e de mercadorias por parte dos reis e também de seus auxiliares e um maior controle de arrecadação de tributos.
Toda essa produção de manufatura, que até então era realizada por trabalhadores assalariados, em regime de patrão e empregado. As barreiras do feudo que eram bem tradicionais acabaram por se consolidar como novas relações produtivas e sociais.
Todas as características e os elementos que caracterizavam o regime escravista foram no campo, sendo ao longo dos séculos, abolidas, graças à exploração de terras comunais e do início do trabalho assalariado.
Vale lembrar que a sociedade ainda encontrava-se dividida em ordens durante a Idade Moderna, a saber: povo, clero e nobreza. Esse tipo de divisão acabava por refletir a persistência de valores da época medieval que separavam as pessoas em dois grupos: ‘os que trabalhavam’, ‘os que combatiam’ e ‘os que rezavam’. Mas, ao mesmo tempo, uma sociedade bem mais dinâmica começava a surgir, onde os burgueses (artesãos e comerciantes), os proprietários de terra (nobreza e o clero) e a classe de trabalhadores (servos, camponeses livres e assalariados) se destacavam.
Surgidos da aproximação entre burguesia e a monarquia, surgiram os estados modernos da Europa, que estavam em busca de recursos monetários. Para isso, a maioria dos reis da Europa estimularam e também protegeram os negócios da burguesia, gerenciando e promovendo com as grandes navegações (França, Espanha e Portugal), a expansão do comércio, desmontando as estruturas do feudo que atrapalhavam o comércio ou ainda, incentivando a manutenção e também a criação de colônias na América (Países Baixos, Inglaterra e França).