Resumo Inflação
A inflação é um termo realmente assustador. Ao ouvi-lo logo o associamos a conjuntura econômica do Brasil atual. Mas afinal, será que você sabe o que é inflação? A seguir, confira maiores informações sobre o conceito de inflação, diferentes tipos de inflação e principais causas para a mesma.
O que é e quais são os principais tipos de inflação
A inflação se refere ao aumento generalizado e perseverante no valor das coisas. Quando os valores dos imóveis, do carro zero, dos impostos, das roupas e dos alimentos sobem ao mesmo tempo, isso costuma ser um reflexo da inflação.
Quanto maior é a inflação, maiores são os valores cobrados pela compra de produtos ou serviços. Por outro lado, quanto mais próxima de zero ela chega, melhor é a estabilidade dos preços.
A inflação é um conceito do tipo econômico e que representa o aumento dos valores em uma região ou país por tal período. Quanto maior é o processo inflacionário, menor é o poder de compra do consumidor.
Vamos considerar um exemplo. Imagine um país que está com inflação de 10% a.m. (ao mês). Em um mês, o indivíduo pagará R$10 por três bandejas de morango, e no mês seguinte, com a aplicação dos 10%, pagará R$11.
O poder de compra diminui exatamente pelo fato de que o salário do trabalhador não aumenta gradativamente ao lado da inflação.
A seguir, confira quais são os dois principais tipos de inflação e a diferença entre eles.
1. Inflação ‘por demanda’
A inflação por demanda ocorre quando há muita demanda associada à produção. Quando a economia do país está produzindo com muita proximidade ao emprego de recursos é quando esse tipo de inflação costuma acontecer.
Resumidamente, quando há o consumo exagerado de determinado produto – sendo ele maior do que a própria capacidade do país de produzi-lo – a inflação ocorre, apesar de ser menos comum neste sentido.
Para que seja combatida, a política econômica deve ter como principal objetivo a diminuição da procura agregada por aquele determinado produto.
Além disso, elevam-se os custos do produto – de modo a diminuir o poder de compra dos consumidores. Com a queda da demanda, a inflação deste tipo costuma voltar ao normal.
2. Inflação de custos
Já a inflação de custos está diretamente atrelada à inflação da oferta.
A demanda continua a mesma e, por outro lado, os custos vão lá em cima. Esse tipo de inflação é facilmente notada na compra de alimentos, por exemplo – uma vez que eles não deixarão de ser comprados caso os valores aumentem.
Basicamente, o ciclo é o seguinte: o aumento dos custos ocasiona a queda da produção. Já a queda da produção, por sua vez, reflete no aumento dos preços dos produtos e serviços disponíveis no mercado.
Sobre os índices de inflação
A inflação conta com alguns índices de medição, sendo os principais deles:
- Índice Geral de Preços (IGP);
- Índice Nacional de Preços para o Consumidor (INPC);
- Índice de Preços no Atacado (IPA);
- Custo Unitário Básico (CUB);
- Índice Nacional do Custo da Construção (INCC);
- Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA).
Principais causas para a inflação
As principais causas para a inflação (mais especificamente, para a inflação de custos) são as seguintes:
- Aumento salarial: isso faz com que o custo de uma unidade de um produto ou de um serviço também aumente;
- Aumento nos custos de recursos básicos, como matéria-prima: isso faz com que os custos da produção sejam superelevados (o que reflete no aumento do valor final do serviço ou do produto em questão);
- Estrutura empresarial: algumas empresas aumentam as taxas de lucros acima dos índices de custos de produção – o que faz com que o preço final de seus produtos ou serviços também seja elevado.
Além disso, quando há aumento em qualquer custo associado à produção – como de equipamentos, máquinas, mão de obra ou matéria prima – a inflação também sobe bastante.
Em alguns casos a inflação também pode ser gerada pela emissão de moeda em descontrole ou exageradamente por parte do governo. Isso já ocorreu em território brasileiro durante a implementação do plano Real em 1994 pelo governo de Fernando Henrique Cardoso.
No Brasil, a inflação dos últimos anos foi a seguinte:
- Ano de 2008: 5,90%;
- Ano de 2009: 4,31%;
- Ano de 2010: 5,91%;
- Ano de 2011: 6,50%;
- Ano de 2012: 5,84%;
- Ano de 2013: 5,91%;
- Ano de 2014: 6,41%;
- Ano de 2015: 10,67%.
A meta estabelecida pelo Banco Central para o país, por sua vez, é de 4,5%. No ano de 2015 ela chegou a 10,67%, sendo esta a maior média registrada desde o ano de 2002.
Só entre os meses de janeiro e outubro de 2016, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 5,78% acumulado.