Figuras de Palavras: Metonímia, Sinédoque e Sinestesia

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Figuras de Palavras: Metonímia, Sinédoque e Sinestesia

Figuras de Palavras

As figuras de palavras são muito importantes na língua portuguesa, possibilitando que diversos tipos de conversas e textos sejam muito mais completos e complexos. Entre estas figuras de palavras estão a metonímia, a sinédoque e a sinestesia.

Metonímia

A metonímia é uma das figuras de palavras mais utilizadas no dia a dia, especialmente na linguagem informal e em conversas entre pessoas. No entanto, é muito importante que não seja confundida com a metáfora, que acontece por semelhança, enquanto a metonímia ocorre por contiguidade.

Assim, a metonímia acontece pela relação contígua de dois objetos. Um dos exemplos mais simples e comuns de metonímia pode ser visto na expressão “taças de vinho”, que são utilizadas para se referir à bebida consumida nas taças.

Obviamente, não foi pela semelhança das taças com a bebida que foi originada a expressão, mas sim sua relação, caracterizando assim a metonímia como uma figura de linguagem.

Sinédoque

A sinédoque é uma figura de linguagem que pode ser confundida com a metonímia, sendo inclusive tratada como a mesma forma de figura de linguagem em muitos casos, como algumas questões de vestibular, por exemplo.

Na sinédoque o que acontece é a substituição de um todo por uma parte, ou o contrário, de forma que seja utilizada apenas uma forma para se referir a determinado objeto.

Um bom exemplo de sinédoque pode ser observado na expressão “cabeças de gado”, na qual a parte (cabeça) é utilizada para substituir o todo (boi), de forma que se possa indicar a quantidade de animais em uma criação.

Sinestesia

Outra figura de linguagem bastante utilizada no dia a dia e em obras literárias é a sinestesia, na qual um traço é qualificado com a descrição de um sentido diferente daquele em que o traço original pode ser sentido ou percebido.

Para se identificar melhor a sinestesia, pode ser observada a seguinte frase, de Érico Veríssimo, “a luz do sol tem a doçura do mel”. Obviamente a luz é percebida pela visão, mas o autor utiliza o paladar para descrever sua percepção sobre este traço.