Frase, Oração e Período
Ao formular uma frase, nem nos damos conta do tanto de conhecimento gramatical que colocamos ali. Isso porque, apesar de acharmos o Português uma língua difícil e cheia de regras, nossa língua nativa é falada todos os dias e, muitas vezes, fazemos flexões verbais, usamos pronomes, dizemos o tempo das frases sem nem nos darmos conta.
Falar uma frase nada mais é do que usar todo o enunciado que construímos linguisticamente e que é dotado de um significado, ou seja, algo que você fala e é imediatamente entendido por seus interlocutores, seja no âmbito oral ou no âmbito escrito. A frase pode ser ainda nominal e verbal e o que irá classificá-la nesse caso é se ela possui ou não um verbo.
Por exemplo: quando dizemos “Que noite linda!” estamos formando uma frase nominal, já se usamos um verbo na frase como em “Preciso de mais dinheiro” nossa frase é verbal, já que há a presença do verbo precisar.
Portanto, as frases não precisam de verbos para existir e podem também ser classificadas em cinco possibilidades: as frases exclamativas, as frases declarativas, as frases imperativas, as frases optativas e também as frases interrogativas.
Nas frases declarativas uma declaração é feita, sem importar qual ela seja. Em geral, são as frases também conhecidas como afirmativas. Já nas interrogativas, uma pergunta é realizada como em “Como vou até a Rua Augusta?”.
Sendo assim, entendemos que as frases exclamativas são aquelas que expressam um sentido como em “Que poeta grande poeta, José!” Já nas frases imperativas é feito um pedido ou dada uma ordem como “Vá arrumar a cama, João”. Por último, temos as frases optativas nas quais expressam um desejo como “Tomara que eu acerte os números da loteria dessa vez”.
Oração
Antes de falarmos de orações, temos que ter em mente que toda a frase que possui um verbo é estruturada pelos menos a partir de dois elementos muito conhecidos na língua portuguesa: o predicado e o sujeito.
Sujeito é a palavra que, na frase, vai obrigatoriamente concordar com o verbo tanto em pessoa, quanto em número e é encontrado normalmente quando nos perguntamos quem declarou aquilo que foi dito ou sobre o que a frase diz. Já o predicado é toda a parte da frase que contém as informações necessárias para o entendimento da frase e que normalmente são dadas pelo sujeito.
Podemos chamar de oração todos os enunciados que são dotados linguisticamente de sentido, assim como as frases, mas que possuem um verbo e também uma locução verbal, não importando se esse verbo é subentendido ou explícito. Por exemplo: “As meninas gostaram de ir ao cinema depois da aula de dança”. Nesse caso, percebemos tanto o predicado, quanto o sujeito.
Locução verbal é a situação no português no qual encontramos dois verbos juntos e ambos representam uma ação verbal única, ou seja, nós temos dois verbos juntos em uma única oração. Um exemplo clássico disso é quando usamos gerúndio, por exemplo: “se você está ouvindo essa chamada”, entre outras. Podemos sintetizar tudo isso dizendo que a locução verbal nada mais é do que dois verbos que possuem o sentido de um único verbo.
Período
Quando falamos de períodos é, portanto, toda a oração que é composta por um ou mais verbos. Eles podem ser classificados em apenas duas partes: ele é simples ou é composto. No primeiro caso, ele possui apenas uma oração, já no segundo ele possui pelo menos duas orações.
Por exemplo: “Os alunos fizeram as provas”. Esse período é composto unicamente do verbo fazer, que está conjugado. Agora se usarmos “Como hoje faz sol, nós iremos à praia e mais tarde ao shopping”. Nesse caso os verbos são fazer e ir, também conjugados.
Uma dica é contar os verbos e as locuções verbais para saber quantas orações existem em um único período. Isso porque toda a oração é centrada obrigatoriamente em uma locução verbal ou em um verbo.
Quando fazemos uma análise sintática estamos, na verdade, examinando toda a estrutura de um período e de suas orações e, com isso, conseguimos encontrar os termos que podem ser classificados como essenciais, como o predicado e o sujeito e os termos integrantes, que têm como objetivo dar sentido tanto aos nomes, quanto aos verbos e que podem ser complemento nominal, agente da passiva ou o complemento verbal, que se desdobra em objeto indireto e objeto direto. Existem ainda os termos acessórios que vão desempenhar algumas funções secundárias, que podem expressar circunstância ou especificam um substantivo e podem ser aposto, adjunto adverbial e também o adjunto adnominal.
Se analisarmos sintaticamente a oração o vocativo, no entanto, é um termo feito à parte e por isso não pertence a nenhuma estrutura da oração. Vale lembrar ainda que o sujeito de uma oração pode estar tanto em ordem direta quanto em ordem indireta.