Iodo Radioativo
O iodo é um tipo de halogênio, elemento muito utilizado no cotidiano e especialmente no sal de cozinha, usado para alimentação. Pertencente ao grupo 17 da tabela periódica dos elementos, a substância é usada não só na alimentação, mas também para tratamentos médicos, como o aperfeiçoamento da tireoide.
Dentro das classificações da composição há o iodo radioativo, isótopo também conhecido como I-131. Encontrada na forma de iodeto de sódio, Nal-131, a substância é capaz de emitir radiações similares a um raio-X, e com a produção de radiação beta pode destruir células cancerígenas presentes no corpo humano. Ele também possui algumas características do iodo comum encontrado no sal de cozinha, porém alguns componentes a mais também fazem parte de sua composição.
A emissão de radiação beta por essa substância é feita através de partículas com uma alta concentração de energia. Agindo como “bombas atômicas”, essas partículas se alojam na tireoide e destroem qualquer vestígio cancerígeno na região.
Ele possui uma vida útil de em média 8 dias, e seu uso durante o tratamento exige que o paciente se mantenha afastado de outras pessoas. Isso porque o iodo radioativo é forte e pode prejudicar musculaturas e estruturas ósseas, uma vez que a potencialidade das partículas de energia é muito alta.
Utilização médica
O uso do iodo radioativo é focado principalmente para a área médica, normalmente para tratamentos da tireoide e destruição de células cancerígenas – também conhecido como iodoterapia.
Por ser uma substância potente é necessária uma recomendação médica juntamente com a razão de se usar o elemento para tratamento. Já por ser uma utilização concentrada, recomenda-se não usar uma dosagem a mais do que o permitido, podendo causar riscos à saúde ao paciente e também de pessoas próximas.
De acordo com os médicos uma quantidade de radiação é emitida pela substância e absorvida pela tireoide, devendo ser avaliada durante alguns dias. As doses geralmente são pequenas, mas dependendo da situação, pode ser que elas sejam aumentadas.
Ele é administrado via oral e normalmente são oferecidas doses de até 30mCi (unidade métrica de radiação oferecida). Grávidas não podem ingerir o elemento com risco de acometer o feto e o paciente não pode ingerir qualquer alimento duas horas antes de receber a dose. Em alguns casos será preciso o acompanhamento de um endocrinologista para receitar alimentações que podem ser consumidas durante o tratamento.
A substância permanece no corpo por alguns dias e uma pequena parte da composição é absorvida pela tireoide. O que não for absorvido seguirá pelos seguintes caminhos:
•Pela urina, que é o canal principal por onde a composição é expulsa. Nesse caso, recomenda-se tomar bastante água para que todo o iodo em excesso seja expelido por meio do grande volume de água ingerida;
•Pelo suor, no qual também se recomenda ingerir bastante água para que a quantidade de suor consiga expelir a grande quantidade do elemento no corpo;
•Pelas fezes, que é o meio mais demorado de ser expelido. É possível realizar a expulsão da substância pelas fezes no prazo entre 48 horas, porém esse tempo pode ser ultrapassado. A presença de uma cor escura na textura das fezes é um sinal de que o iodo está sendo expelido pelo corpo.
Contaminação
Embora sendo receitado pela comunidade médica é preciso tomar alguns cuidados para não sofrer uma contaminação pelo elemento. Uma vez que a substância é forte e apresenta alto teor de radiação, sua contaminação pode causar sérios efeitos colaterais ao indivíduo.
Um deles é a deformidade em órgãos e em outras partes do corpo, especialmente quando grávidas ingerem a substância, causando o efeito nos recém-nascidos. Por apresentar fatores mutagênicos, a probabilidade de a criança sofrer com esse problema é evidente.
Outro problema se concentra na dificuldade de digestão quando o iodo não sai por completo pela urina ou por outros meios. Mesmo que o dia útil da substância seja de 8 dias, é possível que os efeitos colaterais negativos aumentem se não forem expelidos do corpo.
Manter distância de pessoas, especialmente grávidas e crianças, é algo muito recomendável pelos médicos, uma vez que eles são mais sensíveis a elementos prejudiciais. Caso vá manusear algum alimento, cuidar de uma criança pequena ou for amamentar é necessário ter uma higiene regular, lavando sempre as mãos, usar papéis higiênicos e urinar sentados. No caso da amamentação, é preciso evitar a ação, pois o iodo também é eliminado por meio do leite materno.
Para evitar problemas ainda maiores, a melhor dica é tomar bastante água para eliminar urina necessária para expelir todo o iodo presente no corpo. Outras técnicas também podem servir para retirar o excesso como ao degustar balas de hortelã ou mais “azedas”. Por produzirem uma dose maior de saliva, fica mais fácil de reter iodo pelas glândulas salivares. Também pode ser recomendado tomar suco de limão ou maracujá que estimulam ainda mais a produção de saliva.