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Monóxido de Carbono

Comumente associado a situações de perigo e poluição o monóxido de carbono (CO) é um gás incolor, inodoro, inflamável e sem sabor.

O CO oferece grandes riscos à saúde, principalmente por sua toxicidade, e por ser considerado um tipo de “asfixiante químico”. A seguir veremos mais características dessa substância química, além de seus usos e aplicações nas mais diversas áreas.

Características e liberação no ambiente

Como já mencionado o monóxido de carbono é um gás que não apresenta cheiro ou sabor, além de ser incolor e inflamável. Representado pela fórmula química CO é proveniente da incompleta combustão dos chamados “combustíveis fósseis”.

O ponto de fusão do monóxido de carbono é de -205,07 °C, e, o ponto de ebulição de -191,55 °C. Tal gás é “parcialmente” solúvel em água, e também, nos chamados “solventes orgânicos”, como por exemplo, o etanol e o hidróxido de amônio.

Pode ser liberado no ambiente de duas maneiras, através de causas humanas, conhecidas por fontes antrópicas, e também, por meio de fontes naturais (atividade de vulcões, descargas elétricas e emissão de gás natural).

As fontes antrópicas são responsáveis por cerca de 60% do CO que habita nossa troposfera, todo esse valor é originado, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis, tal qual lenha, carvão mineral e vegetal, além de gasolina, querosene, entre outros.

Usos do monóxido de carbono

Utilizado para vários fins, o monóxido de carbono está presente, principalmente, nos setores industrial e químico. Na indústria é utilizado como um tipo de “agente redutor” que remove o oxigênio de diversos compostos formando assim o famoso CO2.

Além disso, não raras às vezes o CO é utilizado para facilitar a síntese de algumas substâncias orgânicas, tais quais: metanol e também alguns tipos de plástico.

Um famoso, e ao mesmo tempo triste, episódio da história onde o monóxido de carbono foi amplamente utilizado ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. A época os nazistas queriam “purificar” o mundo, por isso, exterminaram milhões de judeus, e até mesmo alemães considerados “indignos de continuar vivos”.

Seis grandes campos de extermínio foram construídos: Sonnenstein, Bemburg, Hartheim, Brandenburg, Hadamar e Grafeneck. Nestes locais câmaras contendo monóxido de carbono em seu estado mais tóxico serviram para o extermínio de milhares de pessoas.

Outra aplicação do CO é como combustível, sob o nome de “gás síntese”, tal substância é produzida misturando-se vapor de água e carvão superaquecido, dessa maneira é constituída uma mistura de hidrogênio, nitrogênio, dióxido de carbono e, é claro, monóxido de carbono.

Como você pode observar apesar de o monóxido de carbono ser considerado um gás letal, ele também tem suas utilidades no setor químico e industrial.

Alto teor tóxico

Como já mencionado em outros tópicos desse mesmo artigo, o monóxido de carbono é extremamente tóxico e a forma mais simples de se contaminar através dele é pelas vias respiratórias.

Tão logo seja inalado o gás rapidamente é absorvido pelos pulmões, na sequência passam a chamada membrana alveolar, também a capilar e a placentária, por fim liga-se a hemoglobina localizada nos glóbulos vermelhos e responsáveis pelo transporte do oxigênio (O2) para o restante do corpo.

Como visto no tópico anterior, o monóxido de carbono tem a capacidade de “remover” o oxigênio de alguns compostos, o que faz com que no corpo humano ele também reduza a liberação de O2. Em outras palavras, o monóxido de carbono pode levar a morte por asfixia.

A intoxicação por monóxido de carbono

É importante dizer que a intoxicação por monóxido de carbono não necessariamente ocorre devido, apenas, a uma única exposição ao gás. Existe a chamada intoxicação crônica, resultado de pequenas, e prolongadas, exposições ao CO. O resultado de tal atitude pode levar aos chamados efeitos “tóxicos cumulativos”.

Vamos a alguns dos sinais da possível intoxicação: fortes dores de cabeça, cansaço, insônia, náuseas acompanhadas de tonturas e vertigens, além de doenças respiratórias. Em casos mais avançados quadros da “Síndrome de Parkinson”, isquemia cardíaca e anorexia também podem ser observados.

Uma intoxicação “menos agressiva” pode apresentar os mesmos sintomas, contudo, em menor intensidade. Já intoxicações graves levam a sérios problemas no sistema nervoso central e também no coração, podendo levar a morte ou, a sequelas permanentes.

A única prevenção que pode ser tomada com relação a intoxicação por monóxido de carbono é o controle das fontes emissoras desse gás. Algumas atitudes que podem ser tomadas: trocar o automóvel por um meio de transporte mais ecológico, como a bicicleta, por exemplo. Também, evitar o uso de aquecedores a gás, ou, a querosene.

E, é claro, a principal dica fica a cargo de todos nós: é dever de todo cidadão, também do setor público e privado zelar pela qualidade do ar que respiramos, só assim estaremos livres de possíveis contaminações.

Esperando poder ter lhe auxiliado em mais uma pesquisa nos despedimos e desejamos bons estudos. Não deixe de dar uma olhada nos outros conteúdos do site.

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