Polônio
O Polônio é um elemento químico que está presente na Tabela Periódica sob o símbolo Po (número atômico = 84 e massa atômica = 209 u). Descoberto em 1898, quando Marie e Pierre Curie estudavam a causa da radioatividade da pechblenda, que é um mineral rico em urânio, o elemento químico recebeu o nome em homenagem à Polônia e trata-se de um dos venenos mais potentes do mundo, capaz de matar um homem adulto que ingere ou inala uma dose de apenas 1 micrograma.
Ou seja, a descoberta do Polônio está ligada à história da radioatividade. Atualmente o elemento químico, que pode ser encontrado na natureza, é amplamente utilizado pelas indústrias de papel, plástico e têxtil, entre outros, já que cumpre com a função de eliminar as cargas estáticas produzidas por essas indústrias. Além disso, o Polônio também é usado em escovas para a remoção de poeiras que se acumulam em filmes fotográficos, entre diversas outras aplicações.
Também vale lembrar que outra característica interessante do Polônio é que ele foi o primeiro elemento químico que recebeu o nome devido a uma situação política, já que Marie e Pierre Curie escolheram dar o nome em homenagem à Polônia para que o país passasse a ser notado já que, até aquele ano, não se tratava de uma nação independente. Quando foi descoberto pelo casal de cientistas, em um primeiro momento o elemento foi chamado de “rádio F” e só depois recebeu o nome que dura até hoje.
Quer saber mais sobre a história do Polônio e as características desse elemento químico? Confira nesse artigo todas as dicas e informações que temos para você!
Veja abaixo:
• Polônio: quais são as características desse elemento químico?
O Polônio é um metal pesado tóxico conhecido, principalmente, por ser um dos venenos mais potentes do mundo. O elemento químico pode ser encontrado na natureza de forma sólida, embora seja bastante raro. Em 1934, mais de quatro décadas após o descobrimento do calcogênio, também foi provado que é possível produzir Polônio a partir do Bi – 210, que é a “mãe” do metal. Para a produção do Bi – 210, que dá origem ao metal tóxico, é preciso bombardear o bismuto natural (Bi – 209) com nêutrons.
Extremamente tóxico, o elemento químico é composto por uma grande quantidade de isótopos que são radioativos. Atualmente, há 25 isótopos do Polônio que são conhecidos pela ciência, com números de massa que variam entre 194 e 218. A ocorrência do semimetal, que pertence ao 6º período da Tabela Periódica, de modo geral se dá em minérios de urânio. No entanto, no ano de 1976, o cientista Robert Gentry descobriu a ocorrência de Polônio também nas pedras de granito encontradas nas profundezas do nosso planeta.
Por ser radioativo, o Polônio é um semimetal que pode ser utilizado tanto para os crimes de envenenamento quanto pelas indústrias, já que é capaz de eliminar a eletricidade estática gerada na laminação do papel e na fiação de fibras sintéticas, entre outras aplicações. Na forma de Polônio – 210, o elemento químico foi utilizado em 2006 para o assassinato do espião russo da KGB (a principal organização de serviços secretos da União Soviética) Alexander Litvinenko.
Vale ressaltar que o Polônio também é um dos causadores do câncer de pulmão para quem fuma, já que está presente no tabaco junto com arsênico e naftalina.
• Polônio: o mais poderoso dos venenos
Tóxico e radioativo, o Polônio é um elemento químico que é mais conhecido pelo seu potencial como veneno. Como dito anteriormente nesse artigo, basta que um homem adulto inale ou consuma apenas uma dose de 1 micrograma para morrer em decorrência do envenenamento pelo semimetal. Dessa forma, o seu manuseio é sempre muito perigoso.
Além disso, o Polônio é um emissor de partículas alfa, o que faz com que sua radiação seja de curto alcance, o que o torna incapaz de atravessar uma parede, por exemplo. A radiação do elemento químico pode ser interrompida até mesmo com uma folha de papel e são essas características que fazem com que o Polônio seja o veneno mais letal do mundo e, ao mesmo tempo, possa ser transportado com muita facilidade, já que cabe em um pequeno pote de vidro.
Para se ter ideia do potencial de envenenamento do Polônio, basta apenas 1 grama desse elemento químico para contaminar mais de 20 milhões de pessoas e matar cerca de 50% delas. Outra característica do semimetal é que, caso ele seja usado em um crime de envenenamento, a vítima não consegue perceber a sua presença. Por fim, o elemento químico também apresenta características em sua composição que permite que ele evapore com facilidade, podendo ser transformado em um gás extremamente tóxico capaz de contaminar um ambiente.
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